PÓS-JOGO
O Coritiba foi até a Vila Capanema para enfrentar o seu maior rival na tarde deste domingo, 16, e perdeu pelo placar de 2x0. Além do resultado, o que mais preocupou a torcida Coxa-Branca foi a absoluta falta de poder de criação da equipe, que simplesmente não soube se livrar da marcação do A. Paranaense, dando um único chute em cada tempo. Sinal de alerta ligado novamente com a aproximação da Zona do Rebaixamento.
Com uma formação diferente, com três zagueiros (Juninho novamente improvisado) e dois volantes (Edinho e João Paulo), a ideia de Carpegiani parecia ser povoar o meio-campo para fazer frente à estratégia de Paulo Autuori, que contou com cinco jogadores no setor. Entretanto, com Juan e Raphael Veiga em tarde abaixo da crítica, a bola não chegava a Vinícius e Leandro que, isolados no ataque, constantemente tinham que voltar para buscar a bola.
Assim, o domínio foi inteiro do A. Paranaense, que chegou ao seu gol logo aos 20 minutos. Walisson Maia falhou ao tentar tirar uma bola. Pablo ganhou e cruzou. Dodô falhou ao tentar cortar o lance e a bola sobrou para Matheus Rossetto bater firme e vencer Wilson. No lance, a bola saiu pela linha de fundo antes do cruzamento de Pablo mas mal posicionado, o bandeira nada marcou. Cinco minutos mais tarde, o único chute do Coritiba a gol, em cobrança de João Paulo.
Se o primeiro tempo já havia sido ruim, o segundo foi ainda pior. Com as entradas de Kazim e Carlinhos, a torcida Coxa-Branca imaginava que a equipe atuaria em um 3-5-2, com Juninho retornando à zaga e Carlinhos assumindo a lateral. Mas Carpegiani preferiu improvisar dois laterais-esquerdos no meio-campo e seguir com Juninho na esquerda. O resultado não poderia ser outro: amplo domínio do A. Paranaense, que chegou ao segundo gol aos 23 minutos (quando Walisson Maia já estava improvisado na direita, no lugar de Dodô). Pablo recebeu em condição legal e fuzilou Wilson.
Final de jogo, um 2x0 que ficou barato, pois o Coritiba não criou absolutamente nada e ficou totalmente perdido com as improvisações de Carpegiani. Aliás, caso o técnico queira retomar o caminho, precisa se conscientizar de fazer o básico. Caso contrário, o fantasma do rebaixamento, que já parecia distante, voltará a assombrar mais de perto.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)