BRASILEIRÃO
Foi um jogo de intensa marcação de ambos os lados no primeiro tempo, oferecendo poucas oportunidades de troca de passes, o que deixou a partida com uma cara carrancuda, mas que interessava ao Coxa. O que não permitiu quase nenhum arremate ao gol, tanto que até os primeiros 15 minutos os dois goleiros, Wilson e Grohe, praticamente não trabalharam. O Coritiba não cedeu espaço, oferecendo apenas troca de passes na intermediária ao time gaúcho.
Aos 16 minutos o primeiro problema fora das previsões de Kleina. Ceará sente contusão na coxa, obrigando o treinador a fazer a primeira substituição, colocando Dodô na partida. Era o primeiro sinal de que se as coisas que já não andam boas, podiam ficar ainda piores. A sorte que há tempos abandonou o time, se apresentava novamente como mais um problema a ser resolvido.
Com o meio de campo muito habitado pela forte marcação dos dois times, o Grêmio passa a explorar as laterais e vai pelo caminho mais fácil. Antes de chegar ao gol, o Coxa também perde Alan Santos que também sai machucado, dando lugar a Thiago Lopes.
Pela direita, onde o Coritiba até então não apresentava deficiência, foi por onde o Grêmio apostou que podia chegar. A equipe gaúcha julgou que o garoto Dodô seria um caminho, justamente por ainda estar frio, e se aproveitou disso. Numa jogada por este lado do campo, o Grêmio chegou ao primeiro gol com Everton, mas numa falha de marcação de Carlinhos, e não de Dodô como era de se supor. A jogada foi iniciada por Maicon, que colocou Hermes em boa condição para cruzar e encontrar Everton entrando por trás de Carlinhos.
O gol gremista fez o Coritiba se perder em campo, entregando o domínio da partida totalmente ao time gaúcho, que ainda criou mais duas oportunidades de gol antes do final do primeiro tempo. A primeira etapa terminou com a torcida Coxa vendo mais uma vez a repetição de erros já muito conhecidos de todos.
Na volta para a segunda etapa, o Grêmio veio com a mesma pressão, só que desta vez trabalhando a bola mais próximo da área. Mas foi o Coritiba que teve a primeira boa chance, com Gonzales batendo forte da entrada da área, dando trabalho para a defesa do goleiro Grohe.
Nos primeiros 10 minutos, o Coritiba ficou encurralado no campo de defesa e não conseguiu sair, se limitando a chutões que mais traziam problemas do que solução.
Aos 15 minutos, a entrada de Negueba no lugar de Gonzales deixava o time mais ofensivo, mas ainda sem ser perigoso na frente, com arremates sem direção com chutes de longa distância, quase todos passando longe do gol adversário. O Coritiba chegou até a equilibrar a partida, mas só na posse de bola, mas foi o máximo que conseguiu.
Aos 22 minutos, num contra ataque, Juninho derrubou Everton que entrava com a bola dominada, pela esquerda da área Coxa. A arbitragem entendeu pênalti. Luan bate e faz 2 x 0.
Ainda aos 32 minutos, João Paulo, da intermediária, na cobrança de falta acerta a trave do Grêmio, mas faltava qualidade ao time do Coritiba.
Mesmo perdendo por dois a zero, não foi possível ver poder de reação no time Coxa. O mínimo de vontade, de correr atrás do resultado, organização eram os principais problemas. Fica clara a falta de comando, de alguém em condições de organizar o que parecia ter virado uma bagunça, que acertasse o time em campo. Um treinador que fosse capaz de reorganizar seu esquema, mesmo que a falta de qualidade ainda seja o principal problema do time.
Desta vez em Porto Alegre, o Coritiba viveu mais uma rodada com derrota no brasileiro, despencando na tabela, já se aproximando da sua posição habitual de anos anteriores. Hoje é décimo quarto colocado.
A falta de força ofensiva com mais uma derrota, deixa o Coritiba cada vez mais com a cara de um time habituado a estas situações, coisa que já se incorporou à rotina do clube.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)