Coritiba x Paraná
Coritiba e Paraná fazem o primeiro clássico deste regional de 2017. Com dois resultados que não estavam nos planos, uma derrota e um empate, o Coritiba tem pela frente, além do peso de ser um clássico, também pela primeira vez no ano, a sua torcida exigente e a esta altura, muito insatisfeita (mais uma vez) com o rendimento do time neste começo de temporada.
Só por isso, a expectativa é de público pequeno para a partida. Além das desconfianças com a qualidade do futebol, o horário da partida (20;00 hs) também não atrai o torcedor.
Pelo Paraná, a motivação pelos últimos resultados deixa o time da vila em ligeira vantagem, já que lidera o campeonato com duas vitórias, jogando um futebol mais convincente que o do Coritiba, pelo menos neste começo de ano. Por isso, seu treinador Wagner Lopes, anuncia um time com mescla de reservas. Anunciando que pode jogar o clássico com apenas dois titulares. A ideia é poupar jogadores para outra competição. É que assim como o Coritiba, o Paraná também tem compromisso no meio de semana pela Copa do Brasil, e decidiu preservar alguns atletas para a estreia.
O que deveria deixar o Coritiba em situação mias cômoda, afinal enfrenta um time reserva, e justamente num clássico, no primeiro do ano, com tantos problemas que anda tendo, talvez seja mais prudente levar em conta as lições que o futebol ensina, e dar uma atenção a maior a esta questão, de enfrentar um time reserva que seria teoricamente mais fraco. Neste caso, pressionado psicologicamente da forma como está, isso pode ser bom ao Paraná que joga com menos responsabilidade e ruim ao Coritiba. O que parece ser uma solução, pode se transformar em problema e não em solução, ao Coxa.
Carpegiane quebrou a cabeça para tentar resolver alguns problemas que não se sabe porque, não foram detectados, ou não foram entendidos como prioridade na pré-temporada, em Foz do Iguaçu: buracos na defesa, especialmente entre os dois zagueiros, ligação de meio com o ataque e tentar dar mais velocidade ao time pelos flancos, são problemas seculares no Coritiba. Embora com nomes diferentes, com atletas recém- chegados, os problemas de anos anteriores persistem e são praticamente os mesmos. Principalmente na criação do meio de campo, onde está a maior dificuldade até aqui.
O treinador testou nos dois últimos dias, duas opções: Rildo, que chegou no início do ano, jogador com característica de velocidade, mas que está sem ritmo de jogo. Não pode entrar (se entrar) sendo considerado salvador da pátria porque até agora fez apenas trabalhos de recuperação física e atua na frente e não no meio. Berola é outra opção testada pelo treinador, mas também é jogador de frente e que não joga há algum tempo. Se Kleber e H. Almeida ainda carecem de entrosamento, a entrada de mais um atacante pode confundir ainda mais o posicionamento do time no ataque.
Problemas, só problemas são o dia a dia do Coxa. Além de Jonas, meia ainda não liberado para jogar, se junta ao lateral Matheus, outro recém chegado, mas que também se recupera de lesão. São os dois mais novos habitantes do departamento médico.
Uma derrota no clássico liga a luz vermelha que só será desligada com medidas radicais. Medidas que ainda parecem distantes do que pensam dirigentes e departamento de futebol, que ainda vivem a obsessão de trazer Ronaldinho Gaúcho.
O Coritiba mais uma vez entra pressionado, uma condição até bastante conhecida de todos, precisando vencer o clássico desta vez contra o Paraná, para evitar um incêndio de consequências maiores.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)