Arquibancada
Até em bate bola de campinho de bairro, onde estiver um cara com a camisa do Coxa e do outro lado o adversário, com a camisa do rival, haverá uma disputa mais acirrada e ninguém vai querer sair dali como perdedor. Por menor que seja a disputa. Num par ou impar entre um Coxa e o rival, o vencedor sairá “zoando” com a cara do derrotado.
Em atletiba, valendo mesmo, no Couto ou na baixada, a brincadeira ganha proporções que às vezes acabam se excedendo. Tudo por conta do calor da disputa, muitas vezes superando até dificuldades que um ou outro possa estar vivendo naquele momento. Atletiba é atletiba da disputa da bolinha de gude ao futebol profissional.
O último atletiba vencemos. Não conto mais aquele da Vila Capanema. Estou falando da disputa onde um terceiro envolvido entrou como elemento de escolha, a Chapecoense.
Por força das circunstâncias, a Chape escolheu primeiro a cidade de Curitiba como sede da primeira partida decisiva da Sul – Americana, contra o A. Nacional. Escolhida a cidade, ficou entre fazer a partida no Couto ou na baixada. Escolheu Couto, o que acabou provocando gozações nas redes sociais entre Coxas, curtindo com o rival, por conta da sua ostentação retrátil e a tal da grama de plástico, que deve ter sido decisiva e pesado na escolha do time de Santa Catarina. Num atletiba diferente, Venceu o Couto, perdeu a baixada.
Por conta disso, teremos uma decisão de Sul- Americana em nossa casa. Se com uma bola de cristal lá pelas oitavas da Sul –Americana, alguém nos dissesse isso, que em 7 de dezembro o Couto Pereira seria a sede de primeira partida da decisão da SULA, eu pelo menos custaria em acreditar nesta história destas.
Tudo bem, temos humildade para reconhecer que para isso precisaríamos de um time mais ajeitado para chegar a esta decisão. É verdade que melhorou bastante de uns tempos para cá, mas daí chegar na decisão da SULA é demais.
Mesmo assim, com todo o sofrimento de mais um ano muito difícil, estamos sendo brindados com uma decisão em nossa casa, para terminar o ano com algo grande. Não como gostaríamos, tá certo, mas em nossa casa. Pelo menos isso.
Vencemos um atletiba para merecer isso. Um atletiba onde a disputa foi o estádio. Prevaleceu o nosso. Além de um bom dinheiro que entra em caixa, fica no mínimo o orgulho de colocar o Couto na história de mais uma decisão, entre tantas que já recebeu.
Entre os mais azedos, fica a reclamação e o espaço de baixo para bater o pé e dizer que tudo isso é muito pouco, que isso nos faz um time pequeno, porque nos contentamos com pouco.
Amigos, o choro é livre. Como saber comemorar as pequenas vitórias também. A esta altura em mim prevalece o espírito do futebol-brincadeira. Festeja quem pode e chora quem quer.
Sou Chape desde criancinha!
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)