Arquibancada
O atacante Kleber dá seus primeiros sinais de descontentamento. Quem sabe uma recaída como o Gladiador que sempre foi. Brigão, reclamão, insatisfeito... Pelo menos é o que tenho lido em suas manifestações quando perguntado sobre a temporada que se inicia.
Foi o primeiro, até mesmo antes de muitos torcedores a reclamar da limpa que se instalou no Coritiba. Kleber tem se manifestado contrário a saída de alguns nomes que não fazem mais parte dos planos do Coritiba para 2017.
Se ele se refere à saída de Benitez, Bareiro, Gonzales, Leandro e Juan, estamos de acordo. Também acho que estes nomes deveriam ser mantidos no grupo. Era espinha dorsal que precisa ser mantida.
Os mais pessimistas diriam que por ser o que restou da panela, reclamar é o que resta a Kleber. Mas neste momento, a opinião de Kleber não parece ajudar, pelo contrario, só atrapalha um ambiente que já não é dos melhores.
Kleber tem razão, mas não é contratado para reclamar, dar palpite. Se as tiver, que as dê internamente, entre seus companheiros e com o treinador, quando chamado para isso.
Posso e quero estar enganado, mas estas manifestações parecem dar um start, são um despertar do gigante que esteve adormecido desde que o jogador chegou no Coritiba. Com um comportamento discreto, fazendo o que lhe compete (gols), salvando o time de situações bem complicadas, Kleber agora decide dar vasão a seu temperamento mais forte.
De líder, até ídolo do torcedor, Kleber pode se transformar num problema caso comece a “cornetear “nos bastidores. Ambiente conturbado é tudo que não precisa o Coritiba neste momento delicado.
Todos sabemos dos erros e quase nenhum acerto nas contratações, mas não precisamos de Kleber para nos dizer. Dele espero no mínimo o mesmo futebol e empenho do ano passado.
A nós e a Kleber resta torcer para que estes recém chegados acertem e funcionem, atendendo as necessidades do time, dentro do que precisa e está no planejamento de Carpegiani.
De cornetas bastam nós, torcedores chatos e exigentes que podemos ter esta relação de cobrança com o clube. De Kleber, quero o futebol, a dedicação, o empenho e a raça que vimos de 2016. Suas opiniões podem ser guardadas e discutidas com o próprio treinador, se Carpegiani quiser e pedir.
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