Arquibancada
O momento pode ser de reflexão ou de festa. Pode ser conforme a vontade do freguês. 107 anos de glória, sem dúvida, mas que nos últimos anos se distanciou destas glórias e a realidade é diferente ameaçando este passado.
Na verdade não há passado que se perca, por maior que seja o insucesso de agora. Mas o problema mora na nossa própria história de 107 anos, que não nos permite aceitar do mediano para baixo. Somos sim uma torcida mal acostumada ou muito bem acostumada com o que o futebol podia oferecer em seus tempos glamurosos. Batemos o pé diante de insucessos. Difícil mesmo aceitar qualquer coisa que não seja de vitórias.
Não é preciso mais uma vez lembrar de tudo que sabemos, que cansativamente repetimos e nos damos de presente a cada momento ruim. Nosso analgésico, o brasileiro de 85, o Torneiro do Povo, os grandes times dos anos 70 e o último grande time montado em 89. Nosso remédio para estes tempos de amargura, depressão e de auto estima baixa. Nos repetimos, até cansamos com estas ladainhas, mas que ainda servem para aliviar as dores dos momentos de crise, nestes últimos anos.
Mas saudar este amor por um clube de futebol é o que temos a fazer como torcedores fieis e apaixonados que somos.
Se me derem para escolher a reflexão ou a festa, prefiro a festa. Ela tem a nossa cara. Combina mais com a gente. Somos bons nisso. Sabemos como ninguém festejar. A alegria está em nosso sangue, é o que fazemos melhor, do lado de cá, na arquibancada, nas ruas, nos aeroportos, recebendo nossos guerreiros em termináveis festas. Agora, recentemente, demos uma grande prova disso na heroica classificação na Sul Americana, como nos títulos estaduais, nas vitórias em batalhas inesquecíveis.
Um grande exercício, um ensaio para o que queremos e sonhamos para o nosso futuro que precisa ser agora.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)