Gerson Luiz Garcia de Lima
Nunca foi fácil para o Coritiba. Nunca.
Em 1985, drama após drama para sermos campeões. Aquele primeiro turno ruim e um segundo turno, digamos, melhor que os demais onde só nos classificamos após os 43" do segundo tempo naquele jogo contra o Santos. Depois aquela vitória apertada contra o CAM aqui e o 0X0 lá com o Rafael tirando uma bola de dentro. Ainda bem que não tinha o VAR. Enfim, único campeonato brasileiro que teve um jogo decisivo numa quarta feira contra o Bangú, ainda bem que não tinha o VAR nesse jogo também, até hoje tenho minhas dúvidas. E um campeonato ganho nos pênaltis. Seja como for, deixamos os grandes para trás e nos impomos para mais de 91 mil pessoas no Maraca.
E aquele retorno para a Série A em 2007? Quase deixamos de ser campões, onde ganhamos de virada com o gol aos 46".
E o ano passado com o sofrimento aos 49" caímos.
Não é fácil torcer para o Coxa. É um teste para cardíaco. Uma paixão que dói muitas vezes.
Faltam apenas 18 rodadas e nosso Verde precisa se encontrar, resgatar sua identidade e tradição se quiser voltar para a elite do futebol esse ano ainda. Ficar martelando em cima da política do time pode confortar alguns, mas essa gestão tem ainda 2 1/2 anos para ficar a frente do Coritiba. Podem estar errando, e estão, mas não duvido que sejam verdes de coração. Então, revanchismo político nesse momento não vai ajudar o time. Nem os de situação nem os de oposição. Nossos gestores precisam ser confrontados sim, mas também de ajudados. Uma coalizão dos coxas brancas. Talvez tão grande como nunca antes.
Dentro de campo, os jogadores precisam entender nossa história e, como disse o Tcheco, jogar com comprometimento.
Acredito que o time pode melhorar. Acredito que com o Tcheco pode dar certo. Simples mas com comprometimento.
Vamos lá rapaziada, está na hora da virada. Nunca foi fácil, e foi assim que surgiu a ALMA GUERREIRA.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)