E não é que o velho ditado “melhora antes da morte” se concretizou. O roteiro pareceu de cinema. No último instante, o golpe fatal. Mas neste filme com 6 partes (seis anos de desespero), nós não éramos o mocinhos, não éramos os atores principais. Éramos coadjuvantes, papel com o qual parece que nos acostumamos. Na realidade, o filme da derrocada alviverde deveria ser classificado em dois gêneros: comédia, pois foi tanta palhaçada, com a diretoria nos tratando como palhaços, e horror, com a maioria dos torcedores tendo medo de quase tudo: jogar fora, jogar em casa, deixar Edinho em campo, deixar o diretor de futebol contratar verdadeiros charlatões do futebol, entre muitos outros sustos.
Não adianta ficar apontando os erros, todos sabemos quais foram. Não adianta ficar com a balela de que foi bom cair para que haja reformulação e “otras cositas más”. Tenho comigo que não haverá reformulação, tenho comigo que poderemos ganhar outro paranaense, ficarmos contentes e pensarmos que o time está pronto para voltar a subir. É assim que somos, torcedores crentes de que o “melhor está por vir”.
Triste é ver que tudo continua como dantes no quartel de Abrantes, não consigo perceber força em nenhuma das três chapas, mas é o que temos, e devemos escolher o menos pior. Triste. Acostumamo-nos tanto com a mediocridade que nem pensamos mais em escolher o melhor. Ano que vem, a humilhação, não por jogar a série B; mas por perceber que podemos nem subir. Para mim, a partir de hoje, vou imitar os fregueses, vou chamar o campeonato de ruralzão. Não vou ficar contrariado, descontente, chateado, se puserem os meninos da base para jogar. Faz muitos, mas muitos anos que estamos nesta de trazer medalhões que ganham milhões, mas não jogam nem no glorioso Iguaçu de Santa Felicidade. Para ilustrar isso vou lembrar somente de Adriano, Rafinha e Miranda.
Para finalizar, eu, de presente de natal, tenho dois pedidos: Papai Noel, traz um camisa 10 para o meu time e não deixe que o Wilson vá embora. Obrigado!!!
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)