Nelson Souza Filho
A sofrida torcida do Coritiba não precisava passar por mais um dissabor como o proporcionado pelo diretor Augusto de Oliveira em sua entrevista coletiva de terça-feira. Quando se esperava alguma coisa de concreto que permitisse vislumbrar um horizonte melhor para o segundo turno da Série B, o que se viu foi a repetição de surradas explicações para justificar o trabalho (?) que vem sendo conduzido pela diretoria que assumiu o clube no início do ano. Mais uma vez o diretor, acompanhado do ex-jogador Pereira, defendeu a política de contratação de jogadores, enaltecendo os resultados obtidos com boa parte dos atletas e com o trabalho do técnico Eduardo Batista.
Das duas uma: ou os milhares de torcedores estão cegos e não conseguem enxergar o "bom" futebol de William Matheus, Alex Alves, Chiquinho, Alvarenga, Alan Costa, Bruno Moraes, Rodrigo Ramos, Vinícius Kiss e Jean Carlos, para citar alguns, ou o problema do Coritiba está nos equívocos da diretoria. Para não dizer que faltou novidade na entrevista, foi comunicado, sem maiores explicações, o afastamento de Simião, justo um dos poucos que sem ser uma Brastemp vinha apresentando um mínimo de futebol.
Antes de começar a Série B o Coritiba se apresentava como um dos principais, senão o principal candidato ao acesso. Findo o 1º turno, vemos o clube fora do G-4 e sem perspectivas concretas de um desempenho mais convincente nessa segunda metade do campeonato. Caso a volta para a Série A não ocorra, com todas as consequências negativas que advirão, o que vai dizer a diretoria?
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)