Sergio Murilo E.
Eu nao tenho certeza da linha editorial do Coxanautas.
Não sou jornalista, mas sei que essa danada limitação de linha editorial existe.
Estive aqui na última sexta feira e sei bem que nem daria tempo para revisar, pelos Coxanautas responsáveis, um texto para postagem neste parco espaço entre sexta a noite e sábado a noite, antes da estreia na série B.
Mas, sem querer me vangloriar pelo meu pessimismo pitônico prévio, especialmente porque não era exclusivo, pelos antecedentes óbvios, até me sinto mal pela profecia anunciada. Embora evidente.
Pela escalação, pelo posicionamento diretivo demonstrado, mas, principalmente pelos 48 anos conscientes de comparecimento ao Alto da Glória. E sou mais velho que isto.
E, velhos como eu, entendem que o capeta nao ẽ esperto porque ẽ o capeta, mas enxerga melhor e acerta mais porque é antigo. E, olha, nem fiz campanha para o João Carlos Vialle! Meu candidato era outro. Suavizemos assim...
Acordo neste domingo nublado, como eu, e a primeira notícia que procuro, por velho hábito, e pelo danado desse meu vício alviverde que me consome a alma pela vida é a esperada.
Lembro da campanha política a presidência do clube.
Ah, todos dizem que acabou a disputa eleitoral, que somos todos coxa brancas e coisas corretas assim.
Concordo, em parte.
Até por ser recente, mas também por ter uma razoável memória que me apoquenta.
O candidato à presidência afirmava la que perder o campeonato estadual, fazer o que fosse possível na Copa do Brasil, perder um Atletiba, não excluiria o responsável pela escalação e distribuição do manto sagrado a estes boleiros que hoje pouco merecem esta distinção. Importante era a campanha na segunda divisão.
Virou presidente e cumpriu!
Demitiu o coitado Sandro depois da primeira rodada na série B. Não discuto aqui a competência do profissional. O jabuti estava em cima da árvore, mas a gente sabe quem colocou ele lá.
Como na campanha, este nosso comandante brinca com as palavras e com as pessoas quando lhe convém, como se não tivesse responsabilidade administrativa e sobre o time de futebol, principalmente com sócios e conselheiros. O regime é presidencialista com os onus e bonus que nesta condição dispõe.
Não incluo aqui a torcida organizada, pois é evidente que foi esta que o elegeu e não cobra deste, na arquibancada, na medida que vi por todos estes anos, uma cobrança de forma até cruel de seus antecessores.
Sinal de torcida profissional, patrocinada, e, portanto, sem credibilidade até porque canhestramente nao torce para o clube. Torce para si mesma, o que é maluco e marginal, no estrito senso do termo.
E vejo lá, sem nenhuma surpresa, que o treinador de plantão sucumbiu.
A notícia que gostaria era outra.
#Olha, minhas convicções estavam equivocadas. Nao tenho condicao nem pessoal, nem administrativa, nem moral, para continuar no cargo mais alto do clube e coloco este a disposição do Conselho Deliberativo e, humildemente, renuncio.#
Como esta notícia não virá desta forma e teremos que suportar estas convicções de erros, continuarei aqui e onde estiver a repetir que o resultado desta eleição foi equivocada, a mais equivocada de todas que jamais vi.
E o seu resultado está se refletindo no clube que tem um caminho certo que ê a derrota, cronicamente permeada por vitórias de Pirro ocasionais, até seu término de mandato não sei a que tempo, em alguma divisão que não a primeira do futebol nacional, e em alguma posição subalterna no esporte da cidade. Nem digo em relação ao país, ao estado.
Acredito que, em breve, não seremos nem o time de futebol mais importante do bairro.
E, para os que duvidarem, acharem corneta como dizem, pessimista, ou algo do gênero, repito.
Costumo acertar, modestamente.
Mais 3 anos de gestão a la Bacelar este clube não aguenta!
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)