Bola de Couro
A vitória de sábado não satisfez e nem pode satisfazer a torcida, ainda que toda vitória deva ser comemorada.
Acontecer como aconteceu, por um acidente de dificílima repetição, e com o nosso goleiro sendo novamente o melhor em campo, inclusive defendendo um pênalti, não nos dá muita esperança.
Sem dúvida o time é muito fraco e a continuar como está iremos para uma final com o maior rival com sério risco de passar vergonha, sem contar a grande dificuldade que será retornar para a primeira divisão do campeonato brasileiro.
Já falamos aqui, eu, confrades da página e os leitores comentaristas, sobre o insucesso das contratações ditas como “pontuais”, mas não é demais repetir. O departamento de futebol está entregue a profissional que, a mostrar pela produção(?), não tem qualquer qualificação para montar um time de futebol. O que apresentou até agora é um claro atestado de incompetência. Os jogadores que trouxe, jamais reforços, nem para peças de reposição estão servindo.
A dispensa do encarregado das contratações, essa sim, seria um grande reforço para o clube, assim como foi a de Robson Gomes após o Kléber pela enésima vez sofrer distensão.
Escrevi em “Estranhas lesões” (veja aqui), em agosto do ano passado, logo após a vitória contra o São Paulo:
“Pois bem, o número excessivo de lesões musculares que os nossos atletas têm sofrido na classe de distensão, estiramento e ruptura impressiona. São lesões que não decorreram de traumas (pancadas), fraturas ou torções, mas de esforço muscular.
Todos esses – referia-me a tantos casos - foram vítimas de ações decorrentes de esforço muscular e não de choques ou torções. Todos nós sabemos, não é necessária formação técnica no assunto, que para evitar que o esforço muscular cause lesões é essencial um bom trabalho de fortalecimento, alongamento e aquecimento antes de exigir dos músculos. Ver um atleta muito jovem como o Thalisson sofrer uma distensão (ou ruptura ou estiramento) muscular com apenas três minutos de atividade, parece indicar que algo não está bem na preparação física do Coritiba.
Sei que sou apenas um curioso e que o preparador físico do Coritiba tem larga bagagem no futebol e é portador de um belo currículo e não posso ir além das minhas chinelas para contestar o seu trabalho. Mas, na minha visão de leigo que às vezes sabe mais por velho do que por sabido, parece-me que o número e semelhança dos casos de lesões que os atletas do Coritiba têm tido por esforço muscular – muitas vezes pequenos - traz no mínimo uma razoável dúvida sobre se o trabalho de preparação física está sendo bem feito.
Há um provérbio chinês que diz: Cavalo ganhou uma vez, sorte; cavalo ganhou duas vezes, coincidência; cavalo ganhou três vezes, aposte nele! Em outras palavras, nem tudo é acaso, nem tudo é sorte ou azar, sempre há uma causa.”.
Uma pena que esperaram tanto, mas foi uma providência elogiável, embora tardia, e a ausência do simpático profissional, sem dúvida foi um reforço.
Mas mesmo que ele seja substituído por um bom profissional, ainda será pouco, pois ainda que não ocorram mais lesões acima do razoável como vinham acontecendo, não há preparo físico que torne bom um mau jogador.
A diretoria tem andado a passos lentos e com uma obstinação que mais do que segurança é teimosia e empáfia. Porém, já que uma boa providência foi tomada, esperemos que uma luz tenha sido acendida e algo de novo comece a acontecer.
Ficar como está nem com o bordão do Tiririca.
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