Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
Thiago Kosloski, técnico do Coritiba, iniciou fazendo uma avaliação do jogo de hoje: “Começamos bem o jogo, o Palmeiras veio numa linha de cinco com três zagueiros, começamos a jogar por dentro, achando espaços, fizemos o gol que foi anulado, criamos mais duas ou três chances, mas na bola parada tomamos o gol. Conseguimos equilibrar novamente, mas tomamos o segundo gol de rebote, numa situação que era controlável. No segundo tempo tentamos organizar e manter o posicionamento, fizemos as trocas para oxigenar o meio, criamos uma ou duas chances, mas o segundo tempo não foi como o primeiro, e infelizmente veio mais uma derrota”.
Mais uma vez Thiago se referiu ao torcedor Coxa-Branca dizendo: “Novamente pedimos desculpas ao torcedor, temos que trabalhar, o Santos tomou de sete do Inter e quinta-feira vamos encará-los lá na Vila, vamos ter que ter muita cabeça fria para tentar surpreendê-los lá dentro. Falta um pouco de sorte, a bola que sobra para eles não sobra para nós, nossa bola não entra, então a fase é dificílima, agradeço aos torcedores que hoje apoiaram e que nós possamos melhorar para merecer essa torcida”.
Tentando explicar a fraqueza do time dentro de casa nesse campeonato, o técnico Coxa disse: “Existem equipes que entram na ZR e não saem mais, é muito difícil, estamos jogando na ZR desde o início do campeonato, não se tem respiro, pegamos o Palmeiras que era favorito para ganhar a Libertadores, agora pegamos o Santos na Vila, depois o Inter em Porto Alegre. Já jogamos com linha de quatro, de cinco, de seis, com tudo, mas novamente eu preciso dizer, série A é QUALIDADE, são situações que fogem do nosso controle. Olha as trocas do Palmeiras, do Cuiabá, mas temos que seguir trabalhando”.
Quando perguntado sobre as vaias que recebeu quando o sistema de som anunciou a escalação o técnico respondeu: “O torcedor está na razão dele, mas ele não está lá no dia a dia para ver o por que das trocas de A ou B”.
Explicou melhor a questão da qualidade a que tanto se refere: “Quanto à qualidade, nós estamos na ZR então logicamente que falta, no campeonato brasileiro todas as equipes investem forte, o nível do nosso elenco não é o mesmo de equipes que estão brigando conosco. Quando falo de qualidade é, por exemplo, hoje num lateral em dois toques eles estavam na cara do gol, então é isso, resolver o problema rápido, temos jogadores que nunca jogaram série A e existe muita diferença entre série A e série B”.
Ainda em relação à qualidade, Thiago foi questionado sobre como tem sido os treinamentos para melhorar isso e ter mais qualidade, e respondeu: “O treinamento é feito em cima do adversário”. Na mesma resposta o treinador se referiu à cultura do futebol brasileiro: “A cultura do futebol brasileiro é terrível, quando você ganha todos batem palma, quando perde você não presta, então essa cultura arrebenta os profissionais aqui”.
Respondendo sobre a opção de Jesé hoje, visto que com o Cuiabá optou pelo Edu ele disse: “Os dois jogam de camisa nove, e era o que o jogo estava pedindo, se quiséssemos mais circulação entre linhas seria com o Jesé, mais profundidade na área é com o Edu, mas o Slimani saiu porque pediu para sair pois sentiu, eu não ia substituí-lo”.
Também foi questionado sobre a opção pelo Samaris para substituir o Willian Farias, e se ele preocupa para o jogo com o Santos: “Samaris é o substituto natural do Willian Farias como primeiro volante, já o Andrey joga mais à frente. O Willian Farias sentiu uma lesão que não preocupa para o jogo do Santos, mas se entrasse hoje poderia piorar essa lesão, e depois a entrada do Andrey foi mais para oxigenar o meio, pois a trinca já estava sentindo fisicamente”.
Por fim, Thiago Kosloski ressaltou que não se refere à falta de qualidade do elenco, mas em algumas posições específicas, com atletas mais acostumados à Série A. Ele elogiou o grupo dizendo que é muito trabalhador e que treina muito duro.
Ainda se referiu ao fato de tentar algo mais radical para encarar os 10 jogos restantes dizendo: “Vai depender, não podemos fugir da situação do equilíbrio, ainda mais com adversários qualificados. Contra o Cuiabá tirei o Natanael e o Garcez foi para lateral, foi uma situação radical porque o Cuiabá não estava nos machucando, mas saiu o segundo gol deles e acabou não dando certo, essa foi uma situação radical.”
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)