Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
Thiago Kosloski iniciou respondendo uma pergunta sobre se acredita que dá para escapar do rebaixamento e sobre a atuação do time hoje: “Acredito sim, pelos números, temos mais 11 jogos dos quais seis serão em casa, a linha de corte deve ser entre 40 e 41 pontos”. Sobre o jogo Kosloski explicou: “Quanto ao jogo, até o gol do Cuiabá eles não tinham dado um chute no nosso gol, o Coritiba pressionava, tivemos cinco chances de gol no primeiro tempo, no segundo tempo, até os 30 minutos, o Cuiabá não passava do meio campo, e nós com outras chances com Garcez, com Slimani. Depois dos 30 minutos tive que fazer as trocas, mas o Pita pega uma bola e acerta lá no trinco, aí é nocaute”.
Ainda fazendo avaliação do jogo de hoje, o treinador Coxa-Branca disse: “Sabíamos da força do Cuiabá, um time que está no meio da tabela, com uma bola parada muito forte. Foi um jogo diferente, prefiro jogar contra o Atlético Mineiro que com o Cuiabá, eles fazem um jogo de transição. Mas o jogo estava controlado até o lance do escanteio que demos para o Cuiabá, mesmo assim tivemos chances no primeiro tempo. Voltamos para o segundo tempo com a confiança de empatar e virar porque estávamos bem no jogo, mas série A é assim, tentamos com as trocas, com o Garcez no lugar do Natanael para empurrar mais um atacante na frente, mas logo em seguida fizeram o segundo gol e a equipe sentiu, e o terceiro foi consequência do segundo, numa falta de atenção numa bola parada. Mas antes do segundo gol o Coritiba foi o senhor do jogo, tivemos chances e não fizemos, o Cuiabá foi lá e fez”.
Perguntado sobre qual a conversa do treinador com o grupo, faltando 11 jogos e tendo que ganhar pelo menos oito, Thiago respondeu: “É mobilização para o jogo do Palmeiras, não dá tempo, mais uma vez pedimos desculpas à torcida. Todos estamos tristes, mas temos que nos mobilizar para conseguir uma vitória no domingo, e depois buscar as vitórias fora de casa. Enquanto tivermos chance temos que continuar trabalhando, mas é difícil”.
Em relação à linha defensiva, principalmente a zaga que constantemente teve que ser trocada nesse campeonato, e hoje foi composta por Thalisson e Jean, o técnico Coxa explicou: “Não tivemos sequência na linha defensiva, lesões, cartões e outras coisas atrapalharam. A equipe estava encaixada nesses últimos jogos, de repente perco o Kuscevic, o Henrique e o Diogo, então não é fácil manter um padrão”.
Falando especificamente da partida do Thalisson, ele disse o seguinte: “Eu já sabia o que ele podia entregar, fui treinador dele e do Jean na base, com certeza serão a zaga do Coritiba no futuro, zagueiros com mais de 1,90m, que é o que o mercado exige hoje, portanto estamos felizes com a performance deles no jogo de hoje”.
Thiago Kosloski falou também sobre como encontrar motivação para pegar o Palmeiras, após esta derrota de hoje: “Da mesma forma de quando perdemos para o Bahia, para o Flamengo, amanhã já temos que pensar no Palmeiras, temos que assimilar a “porrada”, que é o que mais fiz aqui desde que cheguei. Peguei um time com 14 jogos sem vencer. Hoje fizemos de tudo para ganhar, mas a bola não entrou”, completou ele.
O treinador Coxa-Branca voltou a mencionar uma coisa que já havia falado em coletivas anteriores, em relação ao que precisa mudar para o jogo com o Palmeiras: “Tem que colocar a bola para dentro. Série A tem uma palavra primordial, QUALIDADE, tivemos cinco chances hoje e não fizemos, o Cuiabá foi lá e fez. Vínhamos equilibrados defensiva e ofensivamente nos últimos jogos. Hoje apesar de ter tomado o gol de bola parada, conseguimos controlar o jogo e pressionar, mas aos 30 minutos do segundo tempo acertaram aquele chute. Agora é preparar os jogadores para domingo, sabendo que o Palmeiras é uma equipe que vai tentar propor o jogo aqui, então temos que estudar para tentar sair com a vitória”.
Em relação às ausências de Kuscevic e Diogo e de como manter o clima para o jogo de domingo, Thiago fez uma rápida menção: “A questão do Diogo e Kuscevic já foi resolvida na segunda-feira, isso é normal no futebol, já vivi muitas vezes, já vi inclusive na seleção. Ficamos tristes por ter perdido o Kuscevic e o Diogo também. Repito, temos que recuperar os atletas para fazer um bom jogo no domingo”.
Por último o treinador foi perguntado a respeito de como o time pode se impor jogando em casa, uma vez que é o pior mandante entre os 20 times da série A: “O que posso prometer é bastante trabalho enquanto ainda houver chances matemáticas, temos que brigar pela camisa, história e tradição do Coritiba e o respeito ao torcedor. O Coritiba vem sangrando desde janeiro, muitas coisas positivas já aconteceram no clube que o nosso corpo diretivo fez”. E acrescentou aos presentes enfatizando que, se pegarmos um recorte só dos jogos em que ele treinou o time, o Coritiba estaria fora da ZR. “Mas a situação é terrível, pegamos o time numa situação muito difícil, estamos tentando reverter. Repito ao torcedor que será a última vez que o Coritiba vai brigar para não cair porque muitas coisas boas foram feitas pela diretoria, mas nesse momento está muito difícil, porém, enquanto houver chances vamos brigar até o final”, concluiu o técnico.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)