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A esta altura, com os meses se acumulando, já é possível imaginar a impaciência de todos. Alguns sentados no sofá, com celular à mão, na expectativa de notícias sobre retorno ou não da bola rolando em algum canto deste planeta, agora tomado por um vírus que mudou a vida de todos. Que consegue ser a principal notícia. Está acima de qualquer interesse.
Acima do futebol estão outras prioridades, não é preciso perder tempo explicando a quem tem o mínimo de sensibilidade e inteligência, mas por aqui desfila uma categoria especial, de gente, que de alguma forma, em algum momento da sua vida se envolveu com o futebol e fez dele seu principal passatempo. E agora isso faz muita falta, entre outras que a quarentena está impondo, com limitações diversas.
Pelas redes sociais, somos lembrados deste 29 de abril, na belíssima homenagem a Krüger, marcando o reencontro da torcida com o clube e que foi determinante para a volta à primeira divisão. Casa cheia, num despretensioso Coritiba x Ponte Preta pela série B. Impossível lembrar desta partida como outra qualquer. Como é impossível nos imaginar sem futebol, dure o tempo que durar para sua volta definitiva.
Mesmo com as previsões mais pessimistas, somos capazes de admitir seu retorno de portões fechados, só para ter de volta notícias, especular os bastidores, contratações, confronto de opiniões. Isso tudo anda fazendo muita falta. Para muitos quase um vício.
Nunca deixando de admitir que futebol é esporte de contato, e como uma paixão brasileira, precisando dar exemplo, não seria conveniente seu retorno da forma como era antes, pelo menos neste momento. Mas como imaginar seguidas partidas sem torcida? Uma ou outra partida dá para aceitar, mas uma final de campeonato ou um campeonato inteiro, sem comemorações de gol, com as coreografias ensaiadas durante a semana, ou nos fortes abraços em grupos de seis, 10 jogadores? Sem o grito que vem da arquibancada,sem público... sem tudo isso o futebol perde, fica com outra cara e provavelmente não será o futebol que aprendemos a ter desde que o elegemos como paixão.
Gostamos tanto de futebol que aceitamos o teste. Nem que seja em casa, pela tela da TV, um futebol quase virtual, como nos programas de computador.
É possível ter o futebol de volta, mas com novos comportamentos, nova conduta para torcida e jogadores.
Tudo é uma questão de adaptação. Topamos o teste para ver se isso é possível.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)