Memória Coxa-Branca
Por: Felipe Rauen
Em tempos em que vivemos carência de goleiros no Coritiba, a lembrança de hoje é do Célio, ou Célio Maciel dos Santos, um dos grandes arqueiros que passaram pelo Coritiba e nunca foram igualados.
Contratado pelo Coritiba em 1967, após passar por vários clubes – entre outros Britânia, Internacional e Juventude – estreou no nosso alviverde em 14 de janeiro de 1968, em jogo contra o Ferroviário, quando fraturou o maxilar em dois lugares. Um mês depois voltou a jogar na vitória contra o Santos por 3 x 1.
Tinha apenas um metro e setenta e quatro de altura, mas compensava a estatura com elasticidade, impulsão e agilidade. Jogava muito com os pés, sendo marcante o lance em que, em jogo contra o Ferroviário, diante de contra-ataque do adversário saiu da área, interceptou a bola e deu um “chapéu” no jogador boca-negra, em seguida avançando até a intermediária onde fez um preciso lançamento que resultou em gol. Saía muito bem do gol e sabia jogar com os pés, sendo comum driblar jogadores adversários em lances que empolgavam a torcida. Não registra nenhum “frago” em sua carreira.
Foi campeão paranaense pelo Coritiba em 1968, 1969, 1971 e 1972, após o que passou por outros clubes, retornando ao Coritiba e integrando o elenco nas campanhas do campeonato brasileiro quando nos classificamos entre as quatro melhores equipes do país, nos anos de 1979 e 1980, quando o Coritiba chegou as semifinais. Também foi o goleiro do time na excursão à Europa em 1972.
Na sua época conviveu com outros dois grandes goleiros, Joel e Jairo, perdendo para este a titularidade em 1972.
Faleceu em 15 de janeiro de 2019, deixando entre os coritibanos perene lembrança de um goleiro clássico, eficiente e elegante.
Foto obtida em “Eternos Campeões” do grupo Helênicos.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)