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Arquibancada
Acho que cinquentão por mês tá de bom tamanho. A oficialização do novo plano de sócios “Meu Coritiba”, anunciado oficialmente hoje (3), é o caminho que a diretoria encontrou para chegar num meio termo com relação aos preços.
O plano para atrair novos sócios, põe fim à promoção de ingressos, responsável pelos grandes públicos em jogos do Coritiba no primeiro turno, no Couto, até aqui.
Tá certo que a diferença de valores é grande, mas também é possível entender que não se faz futebol com ingressos subsidiados, sempre.
50 reais por mês é um bom valor, pelo menos razoável. É no mínimo um preço bem mais próximo para a realidade brasileira e também paga a qualidade do futebol que o Coritiba anda oferecendo ao seu torcedor. Mas também me parece claro que a média de público vai cair, se não despencar.
É um preço a ser pago por dirigentes, se é que acham que é chegada a hora de algum sacrifício dos torcedores, pelo menos dos que podem dar um pouco mais ao clube. Veremos!
50 é 10 x mais do que se cobrava nas promoções. Pra muita gente é dinheiro que faz falta. A mesma falta que pode fazer a torcida, quando com o estádio cheio, algumas vezes com 30 mil pessoas, fizeram história, ajudando o time em campo nesta primeira metade da Série B.
Cinquentão pode ser uma aposta que pode trazer prejuízos futuros ao clube, como também sei que as promoções não poderiam ser eternas.
Quem sabe o momento talvez seja mais adequado para um outro plano: a espera por mais umas duas ou três rodadas, mantendo preços que poderiam girar não em cinco e nem em 50, mas 20 ou 25, por mais umas rodadas? Valores ainda com cara de promoção, para depois cobrar 50 por mês para quem quer voltar a frequentar o Couto, assistindo a três ou quatro partidas por mês?
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26 Ver todos os comentáriosSou jornalista há mais de 30 anos. A profissão e a condição de torcedor, me fizeram aprender a policiar posições quando escrevo para tv ou rádio. Isso me desenvolveu muito o lado crítico. Costumo dizer que futebol é uma coisa e esporte é outra, bem diferente. Basicamente porque o futebol se transformou num produto da mídia e envolve muito dinheiro. O esporte amador, não. Sem dinheiro ele apenas sobrevive. É o caminho que o vôlei começou a tomar, por exemplo, mas ainda passa longe de ser o sucesso que é o futebol. Gosto de escrever sobre os dois: esporte e futebol. Jornalismo é minha profissão, o Coritiba minha paixão. Será um prazer estar aqui com vocês falando sobre tudo isso.
O Coritiba está na minha alma, muito mais até que no coração. Aprendi a gostar de futebol assim, de alma e também de coração. Sou do tempo do Belfort Duarte, hoje Couto Pereira. Isso foi no início dos anos 60. De lá nunca mais saí. Na década de 70, o Coritiba me conquista definitivamente, quando montou times inesquecíveis, várias vezes campeão. Período que passei a frequentar programas de rádio para tentar ficar o mais próximo que podia do futebol. Foi a época de Dirceu Graeser, no famoso"Viva o Futebol", na Rádio Clube, depois Rádio Cruzeiro. Foi o meu começo nos meios de comunicação. Vivo do jornalismo há mais de 30 anos, dedicados ao Rádio e principalmente televisão. Hoje sou muito mais da arquibancada. Sou mais torcedor e menos jornalista, principalmente quando o assunto é Coritiba.
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