Bola de Couro
A vitória de ontem foi épica, ficará marcada na história do Coritiba, e com mais ênfase se tiver sido efetivamente um marcante passo para a fuga do rebaixamento que ainda está muito próximo.
O time foi guerreiro e vibrante, exatamente a antítese do que vimos no tão criticado jogo contra o Atlético-GO, mostrando que tem o que dar, desde que se saiba extrair as qualidades de cada um e carências sejam supridas com bravura.
Não foi uma apresentação perfeita, tanto que sofremos três gols (todos em jogadas aéreas, o que exige correção de postura), mas a capacidade de reação da equipe, por duas vezes com placar desfavorável, foi emocionante e pode ter sido um marco de novas vitórias que de uma vez afastarão o risco do rebaixamento.
Como “gato escaldado que tem medo de água fria”, misturo a euforia pelo resultado de ontem (mais pela forma como foi obtida), com cautela, uma vez que estamos no fio da navalha, hoje com o mesmo número de pontos que alguns “rebaixáveis” e só ausentes da ZR pelos critérios de desempate.
Dentre os jogos que temos a seguir, todos serão importantes, mas dois serão vitais para o nosso futuro – Avaí e Ponte Preta - uma vez que, além de poder somar pontos, não deixaremos os adversários diretos crescerem. Dentre os demais, poderão ser adversários diretos, conforme o correr das rodadas até lá, o Fluminense, o São Paulo e a Chapecoense em jogos que poderão também ser cruciais. Nenhum jogo é fácil, mas nenhum é impossível de levar a bom resultado. Faltando vinte e um pontos em disputa, para tranquilidade é necessário obter pelo menos nove ou dez, o que depende também dos pontos conquistados pelos demais últimos na tabela.
Enfim, se ainda nada está perdido, também nada está ganho. O caminho é árduo e temos que nele avançar passo a passo, com segurança. Fico contente ao ver a mesma lucidez nos torcedores que comentam aqui no Coxanautas. A força da torcida no Couto nos decisivos jogos a seguir, poderá ajudar.
PS. Todos os jornais e comentaristas falaram da estupenda atuação do Wilson ontem e eu não poderia agir diferente. O Wilson foi portentoso, assim como vinha sendo há muitos jogos, e no lance dos pênaltis – anotados pelo árbitro com um rigor exagerado – passou à história do Coritiba. Um dia vai falhar – quem não falha? – torçamos que seja em jogo sem importância ou em que estejamos com sobras no placar. Se ou quando isso acontecer, certamente o torcedor lembrará de tudo o que já fez e relevará.
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