Bola de Couro
A atuação do Coritiba no jogo de hoje contra o Atlético-GO foi um desastre, um fracasso sem justificativas.
Dos quatorze atletas que estiveram em campo, só sobrou com boa atuação o Sabino – que desfalcará o time no próximo jogo contra o Londrina – e talvez o Alex Muralha, sem culpa nos gols que sofreu, embora tivesse nos dado um susto quando de uma saída de bola, além do Rafinha pelo que lutou.
No mais, um time deplorável que, talvez em razão do horário do jogo, parecia não ter acordado, tamanha a pasmaceira demonstrada.
Até o Mateus Sales, que vinha sendo um fator da recuperação do time, hoje foi muito mal e fechou a sua atuação com expulsão, mais um a desfalcar o já desqualificado elenco no próximo – ou próximos – jogos.
Na lateral esquerda temos um problema sério, uma vez que se o Willian Mateus compromete, os demais integrantes do elenco para a posição já demonstraram que são piores, seja o Fabiano ou o Patrick Brey. Este último logo ao entrar teve um bom chute a gol, mas no restante do tempo esteve desligado e apático.
Na zaga, afora o Sabino, a carência é tanta que nem o treinador teve coragem de substituir o Walisson Maia por alguém da posição, improvisando o franzino Mateus Sales. É verdade que o Rafael Lima, que não é “nenhuma Brastemp” vinha se saindo bem, mas mesmo que volte urge o clube encontrar um bom zagueiro.
A meia cancha foi outro desastre. Giovani, que só me dei conta de que estava em campo lá pelos 15 minutos de jogo, continua pesado, parecendo que nunca irá entrar em forma. E o Juan Alano? Certamente é um ciclotímico, pois um dia tem atuações primorosas e faz belos gols, e no outro, como hoje, é um fracasso. Aliás, foi o seu egoísmo que gerou o primeiro gol do adversário, pois tinha ele dois companheiros para passar a bola e quis colocá-la por entre as pernas do zagueiro, perdendo-a e permitindo o contra-ataque fatal. Tiago Lopes não foi diferente, nada jogou.
Na frente, do Rodrigão pode-se dizer que não foi bem servido pela inoperante meia cancha, mas poderia ter se saído melhor. Wellissol talvez ainda possa se firmar, mas desde que aprenda a jogar para o time. Por fim, Nathan parece ser mais uma daquelas eternas promessas que aparecem no futebol e que nunca se confirmam.
Ah, e o treinador não conseguiu ficar atrás de tanta mediocridade. Substituiu um zagueiro por um ala, seja lá o que for o Patrick Brey, demorou muito para tirar o Giovani e não viu ou não soube o que fazer para mudar o jogo.
Enfim, se o Coritiba parecia ter encontrado o bom caminho a partir da vitória contra o Botafogo-SP, merecendo justos elogios, após o jogo contra o Bragantino se perdeu, de modo que nos últimos quatro conquistamos apenas dois pontos em doze disputados. Fosse a derrota de hoje um fato isolado, um acidente na campanha, eu não estaria a lamentá-la com tanta ênfase. Mas, além de completar quatro jogos sem vitória, dois deles em casa, a atuação do time foi horrível, e isso preocupa muito.
Temos que torcer para que aquele momento em que o time enfileirou dez jogos sem perder não tenha sido exceção ou acaso. Do contrário, se continuar o que vimos nas últimas partidas, mais uma vez a possibilidade de retornar à primeira divisão estará em risco. Ainda estamos em colocação razoável – ótima para quem já esteve em décimo lugar – mas com apenas dois pontos a mais do que Operário e Paraná e três em relação a Cuiabá e Ponte Preta, de modo que qualquer novo tropeço nos afastará do primeiro grupo.
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Há rumores de que Lucas Mendes, integrante do vitorioso time de 2010/2012, estaria por voltar. Consagrou-se na lateral esquerda, mas é na origem zagueiro, de modo que em um ou outro dos setores de que estamos carentes poderia servir bem. Aguardemos.
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