Bola de Couro
Certamente muitos viram a notícia a respeito da inauguração da loja do Coritiba em um dos shoppings center da Capital, quando centenas de torcedores – mais de oitocentos – se espremeram nos corredores aguardando a abertura do estabelecimento. Tenho a gravação do vídeo do momento, mas meus conhecimentos tecnológicos não são suficientes para saber reproduzi-lo aqui. Quem não viu a notícia do jornal, confira.
O fato permite algumas conclusões positivas.
A primeira é de que a torcida do Coritiba realmente é a que não abandona.
No momento estamos colocados na tábua de classificação em lugar entre razoável e bom. Até aproximadamente um mês, porém, o clube fazia uma campanha pífia, parecendo que iria repetir o desempenho de 2018, um dos piores da nossa até há pouco gloriosa História. Mesmo assim, o shopping center foi tomado por centenas de jovens torcedores, como se o clube tivesse sido campeão ou pelo menos já reconquistado o seu lugar na série A do campeonato. Não pude deixar de lembrar, assim como devem ter feito muitos dos meus contemporâneos que frequentam esta página, a história do Corinthians, que ficou nada menos do que vinte e três(!) anos sem nenhum título e mesmo assim a sua torcida se manteve fiel e a maior de São Paulo.
Outra circunstância que me alegrou foi ver o grande número de jovens e até de crianças presentes no evento, a demonstrar que, ao contrário do que alguns pensam, a nossa torcida não está se resumindo aos “cabeças brancas” como eu e os numerosos amigos da velha guarda que sempre contribuem aqui com os seus comentários pertinentes. A juventude se mantém fiel e novos torcedores se somam apesar de tudo que temos passado nos últimos anos.
E mais, chamou-me a atenção também o fato de não ver entre o público camisas ou símbolos das torcidas organizadas, o que mostra que estavam presentes os que são efetivamente torcedores do Coritiba e não da própria organização mais do que do clube (afinal, têm seu próprio material para vender, não teriam motivo para comprar o do clube).
A notícia pode parecer irrelevante para alguns, mas o seu simbolismo é algo marcante. Quem sabe possa ser um sinal de um divisor/interruptor da nossa recente triste história e em breve possamos voltar a bater no peito com orgulho por termos readquirido respeito local e nacional?
Os próximos dias e meses dirão.
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Não posso deixar passar em branco a notícia de que há um grupo se articulando para dirigir o clube a partir do encerramento da atual gestão, mas em outro momento tratarei melhor disso.
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