O que eu não queria que ocorresse, se tornou realidade, é bem verdade, menos espinhosa que ter que lutar pela vitória e a depender de terceiros, projetando 90 e alguns minutos de muita tensão, num jogo que valerá a temporada, o futuro do Coxa, sobre as quatro linhas do Barradão.
A configuração dos acontecimentos dependerá a atitude, que está intrinsecamente ligada com o emocional, podendo tornar este passo facilitado, dificultado ou impossível de ser dado.
Estamos todos ansiosos no regressar a elite do futebol brasileiro, mas de nada valerá, se continuarmos com a mentalidade que nos trouxe até aqui, relegando o negócio da instituição em prol de compromissos secundários, embora obrigatórios, que devem ser negociados, para que possamos diante de um esquadrão qualificado, trilhar o caminho que nos dê visibilidade, receitas e conquistas.
Espelho destas realidades distintas, estão demonstrados de forma clara, quer na conquista do acesso ou na busca de patamares maiores, com consequências equivalentes, que formataram o caminhar de coirmãos em anos recentes.
Por incrível que possa parecer, e sob os auspícios de campanhas passadas, estamos entre os 15 clubes mais vitoriosos no ranqueamento da CBF. Possuímos sim uma camisa pesada, embora muito maltratada ultimamente por neófitos da bola, que se arvoraram com promessas e projetos mirabolantes, na conquista do poder, para lá estando, endividarem e apequenarem a instituição.
Diante desta nua e crua realidade, cabe reflexão. Cabe planejamento, cabe mudança estatutária, que iniba aventureiros falastrões de assumirem postos de relevância, que determine responsabilidade e comprometimento do patrimônio pessoal, diante de má gestão, diagnosticada por empresas de auditoria especializada no negócio futebol.
Esperamos que o acesso seja conquistado na boa terra, que a segunda divisão seja uma página negra deixada na senda do tempo, e que o Coxa volte a brilhar, buscando em qualquer competição, sempre a conquista do galardão máximo.
Para que isso possa se torna real, será preciso quebrar paradigmas, mudar a mentalidade de gestão, formar atletas para defesa das nossas cores, valorizá-los e não os trocar por trinta moedas, principalmente para adversários, tomando por exemplo o que pratica o time das terras baixas, já que todos bons exemplos, podem e devem ser seguido.
Mesclando o real e o desejado, confiamos diante de 26 possibilidades de acesso em 27 possíveis, que o Coxa cumpra o seu papel. Para tanto, será necessária atitude, para que possamos desfrutar desta conquista.
Que ela venha de forma mais amena, que a conquistada no Mundão do Arruda, quando nos minutos finais granjeamos o título da Série B, num gol chorado no apagar das luzes, feito por Henrique Dias. Se tiver que existir sofrimento, que pelo menos sejamos recompensados com o acesso para Série A em 2020.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)