Brasileirão
Em uma noite infeliz, o Coritiba perde em Campinas e Pachequinho não é mais o treinador. O jogo soma mais uma rodada de trapalhadas, incompetência e falta de qualidade, desta vez lembrando que seus problemas vão da defesa ao ataque. Ao torcedor mais otimista que ainda pregava o discurso da falta de um meia de criação, agora pode colocar em seus pedidos, sonho de consumo, um time inteiro. Da zaga ao ataque, do treinador ao assistente, se levar em conta a atuação coletiva nesta inesquecível partida contra a Ponte, nesta quarta, 19/07/2017.
Se considerar os anos todos de insucessos, ficamos sem presidente, sem diretor de futebol e sem preparador físico.
O JOGO
O primeiro tempo de Ponte Preta e Coritiba, só não foi pior porque o time de Campinas não precisou pressionar para chegar na frente do placar e se deu por satisfeito com o presente que recebeu logo ao 15 minutos, oferecido por Edinho, que como bom visitante, fez a lambança da noite, dando inicio ao placar que foi aberto aos 15 minutos da primeira etapa, deixando a Ponte numa situação bastante cômoda. Para vencer o jogo, sem sofrimento para chegar a mais 4 gols, um na primeira etapa e três na segunda.
Vale lembrar que se a marca da goleada sofrida em casa, para o Sport, foi o gol contra de W. Maia, nesta noite de quarta-feira, em Campinas, Edinho se encarregou de cuidar destes detalhes. Numa falha grotesca, o volante Coxa deixou Leo Artur na cara do goleiro Wilson - que antes já havia feito uma grande defesa - num chute a queima-roupa de Emerso Sheik.
O 1X 0 nestes moldes começava a pintar uma noite negra para o Coritiba, mais uma entre tantas nos últimos anos, mas que relutamos em não aceitar. Saímos de Campinas com uma sacola de gols, sem treinador e sem perspectivas para um futuro promissor, a curto prazo.
O 4 - 4 - 2, com W. Matheus aparecendo no meio e Carleto ocupando a lateral esquerda, e Edinho na meia, no lugar de Anderson e Dodô no lugar de Rodrigo Ramos, dava as tintas de um time sem um esquema definido, que mais uma vez tentava uma mágica sem um padrão técnico –tático. Pacheco vai pra casa descansar levando um jogo de xadrez, onde tomou cheque-mate em todas as rodadas. Um quebra cabeça que acabou para Pachqeuinho, pelo menos agora, como treinador do Coritiba.
Com nenhuma criação no meio e erros grosseiros de marcação, a Ponte foi administrando o jogo, já que o Coritiba não oferecia perigo, embora todos os jogadores ouvidos nos intervalo e no fim da partida, ousaram dizer que o Coritiba até criou oportunidades para empatar o jogo. Lances que a editoria do COXAnautas não viu. Vimos sim, nenhum esboço de reação, um time sem ameaças que levassem perigo ao gol de Aranha . Todas as tentativas de chegar na frente, foram com ligações diretas da zaga, com chutões que chegavam ao ataque que mais uma vez inexistiu, dando muito mais ao Coxa uma cara de time de pelada, sem esquema, desarrumado , algumas vezes até primário.
Colocar a bola no chão parecia ser o caminho, mas que não encontraram.
O segundo tempo Edinho foi tirado do time, pra dar lugar a Tomas Bastos. Provavelmente Pachequinho achou que podia melhorar a qualidade do passe no meio, mas que em nada resolveu. Os passes não aconteceram, o time não se arrumou, a Ponte mandou no jogo também no segundo tempo. Fez o que quis, além de mais três gols, todos com méritos a Emerson Sheik que comandou a macaca na goleada.
Nem Neto Berola, nem Filigrana que entraram no transcorrer da segunda etapa conseguiram dar fim ao desespero do torcedor que nada podia fazer, a não ser torcer para o tempo correr e acabar logo com aquele sofrimento, antes que Wilson tomasse mais gols do que já havia tomado.
O esperado foi mesmo a saída de Pachequinho, demitido no vestiário. Demissão anunciada por Alex Brasil, logo após o termino do jogo, ainda no vestiário.
O Coritiba começa a preparação para a partida contra o Flamengo sem comando, porque nem Marcio Goiano presta mais serviço ao departamento de futebol do Coritiba.
A quinta-feira promete ser agitada nos bastidores do Alto da Glória e do CT da Graciosa.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)