Série B
Por: Ricardo Honório
Após vencer o Operário no Couto Pereira e encerrar a quinta rodada na quarta posição, o Coritiba se prepara para um confronto direto contra a Ferroviária na próxima sexta-feira, em um duelo que reúne as duas melhores defesas da Série B até aqui. Em cinco jogos, tanto o time alviverde quanto a equipe paulista sofreram apenas dois gols, o que evidencia a consistência defensiva de ambos os lados neste início de competição.
Um ponto em comum entre as equipes está no desempenho dos goleiros. No Coritiba, Pedro Rangel vem se firmando como um nome importante, após assumir a posição que era de Pedro Morisco — uma das poucas unanimidades recentes entre os torcedores. Rangel teve atuação destacada contra o Operário e defendeu um pênalti na partida contra o Novorizontino, mostrando segurança e evolução após uma estreia complicada na goleada sofrida diante do Santos. Do lado da Ferroviária, o grande destaque é Dênis Júnior, goleiro emprestado pelo Bahia, que também vem chamando atenção pelas boas atuações.
O sistema defensivo montado por Mozart tem sido um dos pilares do Coritiba. Com laterais sólidos na marcação, uma dupla de zaga entrosada e a proteção eficiente do volante Filipe Machado — que superou um início instável e se tornou peça-chave no meio-campo —, o time apresenta uma estrutura confiável. Outro nome que vem se destacando é o jovem zagueiro Guilherme Aquino, surpresa na estreia contra o Vila Nova e atualmente o terceiro jogador mais bem avaliado do elenco alviverde, segundo o Sofascore, atrás apenas de Josué e do próprio Pedro Rangel.
A solidez defensiva fica evidente nos números: o Coritiba foi vazado em apenas duas das cinco partidas disputadas e mantém o Couto Pereira como um verdadeiro forte, sem sofrer gols em casa até aqui. Esse padrão defensivo remete ao trabalho realizado por Mozart no Mirassol em 2024, quando levou a equipe ao acesso com a melhor defesa da Série B — apenas 26 gols sofridos em 38 jogos, sendo apenas seis em casa.
Com os dois sistemas defensivos mais eficientes da competição frente a frente, o duelo entre Coritiba e Ferroviária promete ser uma batalha estratégica. E se as defesas seguem firmes, caberá aos ataques encontrar soluções para romper a muralha adversária e desequilibrar o confronto que, ao menos no papel, tende a ser decidido nos detalhes.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)