Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
Análise da partida. “Foi um primeiro tempo duro para nós, eles colocavam às vezes três ou quatro jogadores no nosso lado esquerdo, com ultrapassagem e infiltrações, então foram uns 30 minutos difíceis de controlar. Depois optamos por baixar o Claysson e fazer uma alinha de cinco e então passamos a ter mais controle e até tivemos alguns contra-ataques importantes, mas pecamos no último passe e nas finalizações. No segundo tempo iniciamos bem, tivemos uma chance com o Delatorre. Talvez tenha sido o jogo em que o sistema defensivo nosso foi mais exigido, no final tivemos o pênalti que nos deu a vitória, mas foi um jogo muito difícil e sabíamos que ia ser assim. Aí a importância do Nicolas, que em alguns momentos vinha sendo criticado, mas ele é extremamente importante para nós, um jogador de grupo, muito profissional, e foi no lance com ele que se originou o pênalti que Coutinho converteu e nos deu a vitória”.
Qual a principal lição que tira do difícil jogo de hoje, onde o Coritiba teve apenas umas duas finalizações e o adversário com muito mais? “O Coritiba é um time que também cria chances, porém hoje estávamos num dia em que o adversário foi superior, aí você tenta ganhar o jogo de outra forma e encontramos a forma de ganhar se defendendo bem e aí temos que exaltar o que os jogadores fizeram. O Josué teve que baixar para marcar ao lado dos volantes, depois entra o Carlos, o Nicolas fazendo linha de cinco, o Everaldo se desdobrando com o João, o Zeca, o Maycon e o Jacy novamente fazendo um grande jogo. Encontramos a maturidade que nos permite competir sempre, mesmo que o adversário, naquele momento seja superior, e volto a exaltar o comprometimento dos jogadores para defender e ter força suficiente para chegar à frente e conseguir o pênalti que nos deu a vitória”.
O quanto tem sido importante o sistema defensivo sem tomar gols, hoje novamente saiu ileso? “Isso é determinante, numa competição longa é um pré-requisito para brigar lá em cima, juntamente com o fator casa. Temos sido muito fortes em casa e temos uma defesa sólida, somos fortes na bola parada e de novo quero exaltar o Guila, o Nascimento e o Denis, que hoje, mais uma vez num escanteio, gerou o pênalti e o gol do Coutinho. A mobilização dos jogadores é importante num campeonato tão equilibrado como este, a conexão gerada entre eles, então estamos numa trajetória importante".
Pode explicar as escolhas dos jogadores que substituíram os suspensos? “No final do primeiro tempo eu inverti o Wallisson, o Sebá virou o cinco e o Wallisson voltou a ser o oito e foi uma prova de fogo para o João e ele passou no teste porque enfrentou o Pottker, o Danielzinho, Weverton, então ele se saiu muito bem. Em relação ao Wallisson e não o Giovani, era para termos mais mobilidade porque o CRB é uma equipe muito agressiva e quando você escapa era importante ter um jogador que conduzisse e arrastasse. O Sebá foi porque mudamos a forma de marcar, depois baixando o Josué para marcar junto, então temos alternativas, são jogadores que fazem mais de uma função no campo”.
Como vê a pontuação atingida até o momento? E agora na reta final do turno, vai enfrentar equipes da parte debaixo da tabela? “Vamos enfrentar o Paysandu, que dos últimos 12 pontos conquistou 10, estão tendo uma retomada importante. Em termos de pontuação eu acredito no jogo a jogo, num campeonato longo você precisa ter mobilização todos os jogos. Vamos desfrutar dessa vitória, conquistada com muito suor e sacrifício e depois já pensar no próximo adversário, já convocando o nosso torcedor para que compareça no Couto, como tem feito sempre, para criarmos aquela atmosfera boa, vamos para mais um jogo importante, mais uma final para nós”.
O que falar dos números da defesa, que está com números fora da curva em relação a qualquer série B já disputada. E quando a bola passa pela defesa aparece o Morisco fazendo defesas espetaculares? “Defino como o trabalho coletivo da Comissão e principalmente os jogadores, o treinador é um facilitador do processo. Os jogadores criaram essa mentalidade, da humildade par se defender e cada um cumpre sua função, que muitas vezes até foge da característica de cada um para defender. É um trabalho conjunto e dou mérito aos jogadores, mas sempre é importante lembrar, temos três jogos para terminar o turno e temos muita coisa pela frente ainda. Temos que continuar trabalhando com ética, humildade e solidariedade que é uma palavra que uso muito entre eles, eles têm que ser solidários um com o outro e vamos buscando nosso objetivo”.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)