Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
O que faltou nesses dois jogos para o Coritiba voltar com mais pontos? A parte defensiva vai bem, mas o ataque não faz gols, como explicar? “Nós defendemos bem, são sete jogos sem sofrer gols. Apesar do jogo de hoje ser difícil, conseguimos criar algumas oportunidades e não concedemos tantas chances ao adversário. Foi um jogo equilibrado, não entrando no mérito da arbitragem, se foi pênalti ou não no lance do Ronnier, mas na minha opinião fizemos um jogo de alto nível. Os dois jogos sem fazer gols eu considero um pouco atípico pois temos jogadores com grande capacidade de finalização e fazedores de gols, então vamos nos preparar e tentar corrigir isso para o próximo jogo”.
Por que não João Almeida na lateral esquerda desde o início para substituir o Zeca? “Pedimos para o pessoal da base para que o João jogasse contra o Cascavel no sub-20, então ele vinha há algum tempo sem jogo com os titulares, e isso faz diferença, mesmo sendo um jogador jovem. Escolhi o Bruno por dois motivos: a questão da bola parada do Atlético Goianiense, que nos dois últimos jogos tinham feito dois gols de escanteio, então queria aumentar a estatura, outro motivo foi pelo tempo que o João não vinha jogando, mas ele é jovem, dispensa comentários e entrou muito bem e deu sua contribuição”.
Até que ponto foram importantes esses dois pontos conseguidos nesses dois jogos fora do Couto? “O importante é somar pontos, óbvio que o ideal é somar três pontos por jogo, mas a competição é muito equilibrada e enfrentamos um adversário que está numa posição na tabela que não condiz com o que vem fazendo nos últimos anos e que vinha de uma vitória importante fora de casa. Hoje foi um jogo mais truncado, mas fizemos um jogo mais condizente com o nosso nível, criamos chances e não concedemos muito ao adversário. O Atlético Goianiense tem jogadores com um perfil físico interessante, nos últimos dez minutos eles tiveram mais volume, soltando o Romão e o Ruan, mas fizemos ajustes colocando o Ronnier e o Claysson e controlamos, podendo inclusive contra-atacar. Agora peço o apoio do nosso torcedor para o próximo jogo, temos a melhor média de público da série B e tenho certeza de que o Couto vai estar cheio para o jogo com o Cuiabá onde temos que fazer mais um jogo de bom nível”.
Você não costuma falar de arbitragem, mas quando ela não agrada os dois times é porque boa ele não foi, o que pensa sobre isso? “No primeiro tempo, no lance do Ruan com o Iuri eu não sei se foi pênalti ou não, mas no lance do Ronnier, num enfrentamento dentro da área, sem cobertura, onde ele toma a frente do marcador, eu achei que foi pênalti, e com a tecnologia do VAR isso poderia ser confirmado ou não. De qualquer modo, deixo para que vocês analisarem as imagens”.
Sobre a opção de entrar com o Iuri e Delatorre de titulares e a entrada do Tiago Coser. “O Coser entrou muito bem, e vem crescendo. Sobre iniciar com o Delatorre foi pelo fato de que ele e Josué se combinam muito bem nos facões curtos, é um jogador que ataca muito bem o espaço, e o Coutinho também entrou bem, são dois artilheiros, não estão fazendo gols no momento, mas isso vai mudar, o importante é que continuem trabalhando e não fiquem ansiosos, e cabe a nós, comissão técnica, para que sejam estimulados nos treinamentos para que a fase artilheira deles volte o mais rápido possível”.
Incomoda o fato de que o Coritiba só estar à frente de quatro dos 20 times da série B na questão dos gols marcados? “Nos últimos anos, minhas equipes produzem e fazem gols, mas este ano está sendo um pouco atípico, talvez pelo equilíbrio das defesas. Óbvio que me incomoda, pois pela forma que produzimos deveríamos ter mais gols marcados. Temos jogadores que estão acostumados a fazer gols, eles vão voltar a fazer, tenho certeza, cabe a mim como treinador criar situações, ter mais volume ofensivo para gerar mais oportunidades”.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)