Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
Análise da partida. “Sabíamos que o jogo ia ser bastante duro, venho enfrentando as equipes do Eduardo já há algum tempo e os jogos são sempre decididos nos detalhes. É minha primeira vitória aqui também. Fizemos um jogo muito sólido e quero exaltar a entrega dos jogadores, quem inicia e quem entra. Conseguimos criar um ambiente de competição interna e isso se reflete nos jogos. O fato do Criciúma ter vindo com três zagueiros acaba tornando o time bem agressivo e nós conseguimos duelar e competimos até mais em alguns momentos. O gol do Vini foi importante porque venho cobrando dele para pisar mais na área”.
O time teve muita posse de bola no primeiro tempo, mas sentiu dificuldades na criação. O que falou aos jogadores no intervalo para melhorar isso? “O fato de o Criciúma marcar num 5-2-3, nós imaginávamos que o Machado jogaria mais sozinho. A estratégia do Eduardo era de soltar os volantes do Machado, e nossa ideia era de atrair para fazer um jogo mais direto. O Coutinho foi muito importante no primeiro tempo, apesar de termos criado poucas chances, tirando a bola na trave do Sebá, então o Coutinho teve algumas chances de fazer o facão entre os zagueiros e o lateral, mas era um jogo de poucas chances devido à maneira que eles jogam. Eles iniciaram num ritmo melhor que o nosso no segundo tempo, depois conseguimos equilibrar e aconteceu a jogada do gol, uma jogada de combinação e enfrentamento do Alex e o Vini pisando na área”.
Em relação à situação do Ronnier e Felipe Guimarães, que foram reintegrados, mas não foram relacionados para o jogo de hoje? Qual a explicação? “A decisão foi minha, é puramente técnica. São jogadores do Coritiba que estão buscando novamente o espaço deles, jogadores importantes para nós, mas a decisão de não terem vindo para Criciúma foi exclusivamente técnica”.
O Coxa embala com mais essa vitória sobre um time catarinense? Agora pega o Avaí no Couto. “Nosso desejo é conquistar vitórias consecutivas nesta competição, é um desafio e vamos nos preparar para isso. Tenho certeza de que nosso torcedor vai lotar o Couto no sábado onde vamos enfrentar mais um adversário muito duro e nós vamos nos preparar bem para isso.”
Avaliação do meio de campo da equipe e do goleiro Pedro Morisco, que fez duas belas defesas. “O Morisco é um jogador formado na base do Coritiba, aliás hoje tínhamos, além do Morisco, o João, o Taverna, o Ruan Assis, todos no banco e formados na nossa base. O Morisco está provando seu valor. Em relação à forma de jogar, o Criciúma estava com uma estrutura de 5-2-3, e nós teríamos um jogador a mais no meio e tivemos um controle importante. A preparação foi muito bem-feita e sabíamos o momento de jogar curto e o momento de esticar a bola e fazer o Criciúma correr para trás. Mérito dos jogadores que entenderam o quanto são solidários um com o outro, nossa equipe é extremamente técnica e competitiva”.
Como foi a preparação para enfrentar o Criciúma, uma equipe que estava fragilizada por ter tomado uma goleada no meio de semana e mal na tabela da série B? “Eu costumo preparar os jogos sem olhar a classificação, sei da força do Criciúma aqui dentro, já enfrentei outras vezes e hoje foi minha primeira vitória. Sabia que ia ser um jogo duro, como foi, e acredito que o Criciúma vai se recuperar pois tem tradição e um bom treinador. Encaramos o jogo com seriedade e tenho que exaltar a entrega dos jogadores”.
Com a suspensão do Josué, é o momento para o De Pena iniciar contra o Avaí? “É uma ausência importante para nós, um dos principais jogadores da equipe e da competição. Temos alguns dias para pensar, mas temos a opção do De Pena, do Geovani Meurer, o Vini por dentro, iniciar com o Everaldo, enfim, temos um elenco de jogadores que fazem mais de uma função e isso possibilita que eu tenha a tranquilidade de poder escolher o substituto do Josué”.
Em relação ao Josué, um jogador muito importante para o time, um camisa 10, difícil de encontrar hoje. “Um meia canhoto que bate bem na bola, difícil de achar hoje no Brasil, jogador das bolas paradas, jogador de último passe, seja no chão ou seja na cavada. Atravessou o Atlântico e veio jogar aqui, se adaptou bem e entende o tamanho do clube onde joga e a importância dele em relação aos outros jogadores”.
Sobre a união dos jogadores com a torcida no final do jogo. “Essa sinergia com os torcedores é importante e a responsabilidade de trazer o torcedor para nosso lado é nossa, da comissão, dos jogadores se doarem e se entregarem. Temos margem para crescer ainda, e o torcedor vai ser determinante para nossa sequência no campeonato."
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)