Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
Qual a explicação para o que aconteceu no jogo de hoje? “Um resultado bem doloroso para nós, um jogo atípico onde tomamos cinco gols num só jogo. Fizemos o primeiro gol, logo após tomamos o empate, depois dois gols de bola parada que não tínhamos tomado em 16 rodadas. Reagimos no segundo tempo fazendo o 3 a 2, e em seguida sofremos o pênalti e infelizmente, aquilo que nós tínhamos nos preparado para enfrentar o Paysandu, que era a bola parada e o contra-ataque acabou acontecendo. É tirar como aprendizado, a responsabilidade pelo resultado é minha, até porque os jogadores se entregaram e tentaram. Óbvio que ficamos chateados porque sofremos nossa primeira derrota em casa, porém é juntar os cacos e reagir porque terça-feira tem outro jogo importante”.
Que lição tira dessa derrota e já pensando no Athletic que é o próximo jogo? “A lição é de que ainda estamos muito longe do nosso objetivo principal, e isso tem que ser jogo a jogo, mas continuamos em segundo lugar na competição. Foi uma derrota dolorosa porque nossa equipe tem sido extremamente sólida e infelizmente hoje eles estavam numa noite feliz, com os episódios favoráveis a eles. Agora é lutar com todas as forças e conseguir nossa reação na terça onde vamos enfrentar outra equipe que vem numa crescente. Quando se ganha não está tudo certo nem quando se perde está tudo errado, e vamos fazer os ajustes que precisam ser feitos e seguir nossa caminhada”.
Vocês conseguiram identificar o problema das bolas paradas, visto que o Coritiba não havia sofrido gol dessa maneira? Como é gerenciar o psicológico após uma goleada dessa? “Nós iniciamos bem o jogo, fizemos o gol com o Delatorre (anulado) depois fizemos o gol com o Josué e sabíamos que, juntamente com o Novorizontino, o Paysandu tem uma bola parada ofensiva muito boa, com o Garcez e o Diogo, mas poderíamos ter saído um pouco mais para defender, então precisamos fazer ajustes jogo a jogo e nos preparar, eu não conheço outro caminho, é o trabalho e treinamento, e tenho certeza de que vamos reagir. Hoje, infelizmente os episódios foram totalmente atípicos, eles chutaram seis vezes no nosso gol e fizeram cinco gols, nós éramos a melhor defesa com somente seis gols sofridos e só hoje tomamos cinco. É doloroso, mas vamos reagir, não tenho dúvidas disso”.
O Coritiba até começou bem o jogo, fez o gol e logo em seguida tomou o empate, onde parece que a coisa desandou. Será que existiu uma desatenção no time que sofreu um apagão e sofreu três gols no primeiro tempo? “Sofremos o empate logo em seguida do nosso primeiro gol, aí pode ter acontecido o apagão, mas somos uma equipe experiente, no entanto passamos por uma noite infeliz. Óbvio que não imaginávamos que seria da forma como aconteceu. O importante agora é reagir, nossa posição na tabela ainda é boa, porém uma derrota como essa pode ligar o sinal de alerta para levantarmos a guarda e cuidar de detalhes que são importantes, e algum aprendizado vamos tirar dessa dolorosa derrota”.
O que falta ao time para poder virar os jogos, visto que quando saiu atrás no placar nos jogos não conseguiu virar? “Quando fizemos o 3 a 2, com 15 minutos e em seguida já sofremos o pênalti que sai o quarto gol, então é difícil explicar. Eu tentei deixar a equipe mais ofensiva, porém não perdendo o equilíbrio, principalmente na transição. A ideia era segurar o Bruno e os dois zagueiros e mais o Josué que é um organizador, mas acabamos sofrendo o contra-ataque com o Garcez que faz isso praticamente a carreira inteira dele. Até tentamos virar o jogo, mas o pênalti foi uma ducha de água fria e nós ainda tentamos alguma coisa com os jogadores que entraram, mas depois veio o quinto gol e já não tinha mais o que fazer”.
Qual o peso do desfalque do Maycon e por que a opção pelo Aquino? “O Aquino era titular até a lesão dele, com a suspensão do Maycon, optei por ele, havia a opção do Coser também, mas resolvi colocar o Aquino, mas acho que minha opção não influenciou no resultado. Os jogadores estão fazendo uma grande competição até agora, temos um grupo com jogadores comprometidos, experientes e vamos reagir. Não tem muito o que falar a não ser se preparar para terça-feira e vencer o jogo lá”.
Você sempre falou em cautela, pés no chão, como será digerir esta derrota e já pensar no jogo de terça? “Sempre falo em cautela porque a competição é longa, não chegamos nem no final do turno ainda, então vamos continuar nossa trajetória, treinar aquilo que tenho convicção, fazendo as coisas de maneira coletiva. Somos o segundo colocado na tabela e vamos continuar nos cobrando, evoluindo e aprendendo e se recuperando dentro da própria competição. Ao longo de uma competição com 38 rodadas, é inevitável passar por momentos difíceis, ou um jogo atípico que sai do controle. Foi um jogo atípico e tenho certeza de que vamos reagir, minha equipe é extremamente sólida, com jogadores extremante comprometidos. Vamos brigar com todas as nossas forças para reagir na terça-feira”.
Qual o peso das ausências do Maycon e da torcida organizada hoje? “Maycon e Jacy vinham fazendo jogos bem sólidos, mas temos jogadores à altura para substituir, não só o Maycon, como outros também e não foi isso que gerou o resultado adverso. Quanto à torcida, é uma ausência que pesa para nós, sem dúvida, sem entrar no mérito se é justo ou injusto”.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)