Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
Sobre a superioridade do Coritiba no jogo, os números todos muito mais expressivos do que o Goiás, e da presença em grande número da torcida, mais de 32 mil pessoas. “Talvez tenha sido o jogo em que tivemos maior imposição na série B, em termos de produtividade ofensiva, chances de gol e não concedemos nada ao adversário. Saio satisfeito, obvio que queríamos ter vencido, os jogadores criaram, correram, chutaram no gol, bola na trave e milagres do Thiago. Vamos continuar jogo a jogo, treino a treino sempre buscando evoluir”.
Sobre o goleiro Thiago Rodrigues que acabou sendo o personagem do jogo, até houve uma discussão sua com ele. Já sabe quem foi expulso do Coritiba? “O Rangel, Machado e Clayson que foram expulsos. Não posso falar sobre a confusão porque estava longe. Quanto ao Thiago, já o conheço, foi meu jogador e sei que ele gosta de amarrar o jogo, mas acho que o juiz foi um pouco condescendente com ele. No primeiro tempo, numa bola cruzada na área do Goiás e que saiu pela lateral, ele caiu, se tivesse tomado amarelo ali ele não ia amarrar tanto o jogo assim. O Thiago foi meu jogador duas vezes, não discuto a qualidade dele, mas sei que gosta de dar uma cozinhada no jogo”.
Qual o critério foi usado para a montagem do time titular hoje, visto que o De Pena fez uma excelente partida contra a Ferroviária e hoje ficou no banco de reservas? “São as conexões que os setores precisam ter. O Vini, o Zeca e o Ronnier combinam bem e a volta do Sebá era natural. Apesar da boa partida do De Pena contra a Ferroviária, mas com a volta do Sebá a utilização do Vini também era natural, até porque ele também fez uma bela partida contra a Ferroviária. Tenho muitas opções para escalar, infelizmente sempre alguém fica de fora”.
A escolha dos três jogadores de meio foi mais pela intensidade ou pelas conexões? “O De Pena se sente mais à vontade jogando pelo lado esquerdo, o Yuri joga mais por dentro, então tivemos que fazer uma engenharia para que pudessem funcionar juntos. Acredito que coletivamente produzimos muito, infelizmente não fizemos o gol, mas criamos e tivemos uma produtividade importante contra o segundo colocado. Temos um elenco qualificado, onde temos que fazer escolhas e faz parte. Tivemos 21 finalizações hoje, sete chances de gol e nenhuma do adversário, então os jogadores se entregaram muito hoje”.
Sobre a entrada do Felipe Guimarães. “Felipe é oriundo da base, tem esse ímpeto ofensivo. Queria ter o Ronnier jogando mais perto do gol, e quando o Josué está, muitas vezes ele faz isso, então precisava ter amplitude e o Felipe me dá isso e conseguiu reproduzir no jogo aquilo que faz nos treinamentos.”
Não acha que a entrada dos três volantes deixou o jogo um pouco amarrado, apesar de até ter criado? “Se criaram então deu certo. A questão dos três volantes, primeiro que não são três volantes, o Wallison não é volante de origem, nossos dois volantes do elenco são o Felipe Machado e o Giovane. Esse discurso de três volantes já está um pouco cansativo. O jogador de meio campo deve ser o mais completo possível, saber defender, atacar, infiltrar, fazer gol.”
Como foi a preparação para esse jogo, que todos diziam que era uma final antecipada? Esperava um Goiás tão fechado e fazendo cera? “Acho que o Goiás baixou a marcação deles pela nossa postura. Conseguimos nos impor num ritmo importante. Conseguimos ter um desempenho importante, continuamos nosso caminho de liderança na competição”.
Busca chegar ao título da competição, apesar de que dizem que a série B tem quatro campeões? “É um grande desafio, falo da minha profissão, todo ano tem que se provar, nos últimos seis anos minhas equipes vêm tendo um bom desempenho. O grande desafio é de se manter no topo e a única fórmula é o trabalho. Já fui campeão como atleta e se conseguir repetir isso como jogador seria um sonho realizado, mas não penso nisso porque ainda está muito distante, então penso jogo a jogo, faltam 12 jogos e vamos lutar com todas as nossas forças para nos mantermos no topo”.
Pode falar sobre o Wallison que sempre quando entra faz bons jogos e hoje não foi diferente? “Wallison é o cara que sabe fazer tudo, rouba a bola, conduz, pisa na área, enfim, faz muita coisa, mas não chegou ainda no nível que esperamos dele, ele tem margem para crescimento. Pode jogar nas três posições do meio, o desafio é que eu possa fazer o jogador entender isso e acreditar nisso. Mas acredito que ele ainda pode ter uma melhora significativa”.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)