Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
O Coritiba foi dominante no jogo, os gols saíram no segundo tempo quando foram feitas substituições, isso mostra que o time tem elenco e é postulante ao título? “Nós temos elenco, não somente pela vitória, nosso elenco é qualificado e foi confirmado hoje. A diferença do primeiro para o segundo foram os gols. No primeiro tempo fomos ansiosos principalmente no término das jogadas e essa ansiedade pode ter sido pelo número de jogos que não vencíamos em casa, mas hoje vencemos e vencemos bem, o desempenho foi bom, tanto de quem entrou jogando quanto de quem entrou depois.”
Qual foi a orientação hoje para os jogadores, nessa vitória que pela primeira vez foi de um placar de quatro gols? “Temos padrões que seguimos todas as semanas, obvio que existem adversários e adversários, mas não teve nada específico. O que citei hoje foi a questão de ter transpiração, mas ter inspiração também pois as duas coisas se completam num jogo de futebol. Hoje demos uma resposta importante que precisávamos dar, uma equipe que está há tanto tempo na parte de cima da tabela não pode ficar tanto tempo sem vencer em casa, foi uma vitória convincente. O Walisson foi muito bem, o Rodrigo iniciando uma partida, o Coser substituindo o Jacy, que é muito difícil, o João dando uma resposta importante, enfim estamos felizes por tudo isso, o primeiro gol do Yuri, com os jogadores dando essa resposta que era necessária, após uma semana intensa de trabalho.”
Em relação à entrada do Walisson e do Vini, que dominaram o setor no jogo inteiro, pode comentar como foi o trabalho com eles durante a semana? “Iniciamos o jogo marcando de uma forma, mas tivemos que ajustar porque a saída de três da Ferroviária era difícil de marcar, então ajustamos taticamente, também com o Ronnier para marcar a última linha. Especificamente sobre o Walisson e o Vini, eles se complementam, são jogadores que mais percorrem distâncias e se complementam bem com o Josué, dificultando as coisas para a Ferroviária e chegando com mais jogadores à frente. O Vini já merecia esta oportunidade pela forma que vem treinando e hoje foi um dos destaques do jogo. A equipe como um todo foi sólida, criou e se entregou.”
A entrada do De Pena fez com que as jogadas saíssem mais pelo lado esquerdo, com Josué em campo nota-se mais jogadas pelo lado direito, agora com a contusão do Josué, pretende continuar com o De Pena por ali? “Espero que não tenha sido nada grave com o Josué, até pela importância que ele tem para nós. O Carlos produz mais pelo lado esquerdo, talvez o único ajuste que fizemos no intervalo foi esse, o Vini pelo lado direito e o Carlos pelo esquerdo, fizemos isso para termos as infiltrações com a perna forte, então o Carlos deu essa resposta importante. O adversário era duro, vinha de sete jogos sem perder, a diferença entre o primeiro e o segundo tempo foram os gols, aí tenho que exaltar o Carlos, o Yuri que também deu sua resposta, o Joãozinho que hoje jogou no nível que conhecemos. Agora é preparar para o jogo do Goiás, tenho certeza de que era um jogo em que gostaríamos de chegar nas condições que estamos chegando.”
Pode falar sobre as pessoas que pouco aparecem no Coritiba, casos do Juan, Vitão, pessoal da preparação física e médica? “Hoje em dia as áreas estão todas interligadas, o departamento médico, preparação física e esse trabalho em conjunto minimiza as lesões. Essa turma é fundamental no processo de treinamento diário, de performance”.
Como vinha sendo a cobrança interna pelos resultados que não estavam acontecendo? “A ansiedade pode ter nos atrapalhado no primeiro tempo, mas criamos chances, bola na trave, defesas do Dênis, então tivemos um volume importante, mas era uma ansiedade boa no sentido de dar uma resposta ao torcedor. Quanto à cobrança, ela existe internamente, foi uma semana diferente e tivemos um bom desempenho e uma vitória importante.”
Qual o tamanho desse resultado em relação ao jogo com o Goiás, e o que aconteceu durante a semana no sentido das cobranças? “Para mim o jogo mais importante do ano era esse porque precisávamos vencer, porque vínhamos de quatro jogos sem vencer e de uma atuação abaixo contra o Operário. Foi uma cobrança natural, de um grupo que sabe o que quer na competição e eles deram a resposta. Nosso elenco está crescendo no momento certo, tinha certeza de que nossos atacantes voltariam a marcar gols porque estavam entregando no dia a dia. Nossa trajetória rumo ao acesso continua, vamos buscar o objetivo jogo a jogo.”
Qual a importância do jogo com o Goiás? Será uma decisão? É um time que também faz boa campanha. “Goiás e Coritiba estão fazendo a campanha que todos esperavam que fizessem. Perdemos no primeiro turno para eles, mas depois tivemos uma sequência de nove jogos invictos. Esse jogo tem ingredientes diferentes, não decide nada, porém é um duelo importante. Tenho certeza de que nosso torcedor lotará novamente o Couto para nos apoiar.”
Na comemoração do segundo gol você abraçou o Maycon, o que conversaram? Em relação ao De Pena que disse no final que se sente melhor jogando pelo lado esquerdo, o que mudou do primeiro para o segundo tempo? “Em relação à comemoração, foi para extravasar mesmo. Importante abrir um parêntese para falar do Maycon, jogador que vai fazer 37 anos e jogando num altíssimo nível, jogando às vezes no sacrifício com uma infiltração aqui, outra ali, ele tem dado uma contribuição importante, ajudando inclusive os mais jovens. Em relação ao Carlos, realmente ele produz mais pela esquerda, pois a perna forte dele é a esquerda e tem características diferentes do Josué. Ronnier e Josué se procuram, se conectam bem e as jogadas fluem bem por ali. O Carlos produz mais pela esquerda, tem característica de infiltração com a perna forte, enfim, o elenco nos dá a possibilidade de alterar a equipe.”
Antes do De Pena entrar você conversou muito com ele na beira do gramado, o que você disse a ele? “Foi mais a questão de posicionamento e de como iríamos marcar, estava explicando o posicionamento na hora de marcar e defender”.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)