Entrevista coletiva28/09, 11h43

Não fomos felizes nas finalizações!

Confira a coletiva pós jogo do técnico Jorginho após o empate com o Goiás no Couto Pereira.

Por: João Carlos Sihvenger

O jogo ficou empatado sem gols, foi porque os ataques não funcionaram? “Foi uma partida muito aberta para os dois lados, com transições ofensivas e defensivas constantes, os jogadores deram tudo. Foi o melhor primeiro tempo nosso, uma das melhores partidas, infelizmente não conseguimos converter isso em gols. As coisas se tornaram mais difíceis, mas ainda estamos vivos, agora temos nove decisões. Os jogadores entregaram tudo dentro de campo, mas não fomos felizes nas finalizações”.

Apesar de o time ter entregado tudo dentro de campo, a vitória não veio, e agora as vitórias precisam vir nesses nove jogos que faltam: “Vamos treinar cada vez mais o posicionamento ofensivo e finalizações para que possamos tomar as melhores decisões, pois em alguns momentos decisivos no jogo de hoje as decisões foram equivocadas. Por exemplo, a bola chutada pelo Vini, que era uma jogada de contra-ataque nosso, o Vini é um jogador de condução, e no momento que precisava conduzir tomou a decisão de chutar, isso eu falei para ele. Só quero lembrar que quando cheguei aqui, nós estávamos em 15º lugar, hoje estamos em oitavo e com chances de acesso, ficou mais difícil, mas vamos continuar focando no acesso”.

Seu desempenho é melhor fora do que dentro de casa, você acha que a equipe fica mais nervosa jogando no Couto? “Não acho isso. Acho que a equipe está sendo equilibrada e fez uma grande partida hoje. Poderíamos ter ganho o jogo hoje, foram 23 finalizações e não fizemos o gol”.

Sobre o Josué, que tem demonstrado um bom futebol, espera contar com ele os noventa minutos nos próximos jogos? “Josué é um jogador de qualidade, muito inteligente, ele já pode jogar os 90 minutos, hoje ele foi substituído porque precisávamos de uma questão mais física, e o Ronier sabe jogar por dentro também. As substituições hoje foram para tornar a equipe mais ofensiva, colocamos dois atacantes, tiramos um lateral e colocamos o Vini que conduz mais a bola, ficamos mais expostos nas transições deles, era natural, mas tudo foi feito para alcançarmos a vitória, não foi possível. Continuamos confiantes em que vamos alcançar nosso objetivo”.

Como encontrou esse time quando chegou? E como está o estado anímico dos atletas para as nove decisões que virão pela frente? O que dizer ao torcedor que saiu nervoso do Couto hoje? “O torcedor está muito machucado pelos rebaixamentos, ele quer viver algo diferente, hoje se tornou mais difícil, mas ainda é possível, e sempre vamos precisar do apoio deles. Quanto ao ambiente que encontrei, é difícil falar pois não estava aqui, mas posso dizer que a equipe está rendendo mais taticamente e mais organizada, claro que recebemos reforços que estão sendo importantes, acho que minha chegada trouxe a coragem, a força e a fé de que é possível”.

Sobre a utilização do Manga no próximo jogo: “Conheço muito bem o Manga e sei do potencial dele, se ele demonstrar durante os treinamentos dessa semana que tem capacidade de jogar alguns minutos, 15 ou 20, eu levo para o jogo em Belo Horizonte. Sei que é um jogador que pode decidir um jogo, vamos conversar com toda a equipe de fisiologistas e preparação física para tomar esta decisão”.

Como vai encarar o desafio em Belo Horizonte com o América, sem Sebá e Ronier que estão suspensos? “São dois jogadores extremamente importantes, titulares absolutos da equipe. Vamos conversar sobre isso com nossa comissão técnica. Teremos a volta do Frizzo e mesmo sem os jogadores suspensos temos condições de montar uma equipe forte para jogar com o América”.

Pode mandar um recado para a torcida continuar apoiando o time? “Eu sou muito verdadeiro. A torcida apoiou a gente o tempo todo e quando tomamos o gol, a torcida chamou de time sem vergonha. Isso entristece completamente todo mundo e não ajuda em nada. Já falei que o torcedor está machucado e não aguenta mais acesso e rebaixamento, mas precisam entender que hoje fizemos um grande jogo, poderíamos ter saído daqui com um placar de 2 x 1 ou 3 x 1, e no final nos deparamos com essa situação, isso nos entristece muito, somos seres humanos. Peço o apoio deles durante os jogos, se no final perdermos, pode vaiar sem problema algum, mas até o apito final precisamos estar juntos”.

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