Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
Coritiba conseguiu a vantagem e soube administrá-la, como viu o jogo? “Foi uma vitória do grupo e da humildade. Sabíamos que era jogo de seis pontos e a vitória foi muito importante, agora temos mais seis decisões pela frente. Ainda falta muita coisa, mas estamos num processo de busca do nosso objetivo. Exploramos a transição defensiva deles onde eles têm dificuldade, poderíamos ter feito o 3 x 0 com o Robson no lance do pênalti que infelizmente ele acabou errando, mas quero ressaltar a importância desse jogador, a seriedade, o profissionalismo e a entrega dele são impressionantes. Toda a equipe está de parabéns, quero parabenizar o Jamerson que novamente foi bem e que vinha tendo algumas dificuldades familiares por conta da saúde de seu filho, mas que está ganhando a posição de titular, fazendo com que o Bruno Melo volte a atuar na zaga. O Natanael foi outro que no um contra um foi um absurdo, não sofreu por ali. Então precisamos nos manter nesse caminho, com simplicidade e seriedade, para enfrentar o Paysandu, que não será nada fácil também”.
Qual foi a importância dessa vitória, sobre um adversário direto? “Foi de reacender a chama pelo acesso, que dentro do meu coração sempre esteve acesa, foi uma vitória importante sobre um time que não perdia aqui há mais de um ano e isso mantem a chama acesa e continuo acreditando no acesso, vamos trabalhar unidos para isso, mas há que se salientar que ainda não ganhamos nada”.
Já chegou a pensar na pontuação necessária para o acesso? “Sinceramente não, isso varia de jogo a jogo. Só quero lembrar que os quatro jogos que ganhamos fora de casa foram sob meu comando e sem sofrer gols, mas é assim, jogo a jogo. Não vamos desistir jamais, e vamos continuar nesse processo para alcançar nossos objetivos”.
É verdade que você disse não ao Vila por duas vezes? “Sim, é verdade, houve conversas e eu havia falado que não queria assumir nenhum time da segunda divisão, isso aconteceu em 2023. Trabalhei esse ano na Tailândia, fui campeão lá, só sai devido à pensamentos diferentes em relação ao presidente do clube de lá. Voltei para o Brasil e só aceitei trabalhar novamente na segunda divisão porque é o Coritiba, pela paixão que passei a ter por esse clube, por ter trabalhado duas vezes ali e ter subido o Coxa em 2019. Tenho um carinho muito grande por esse clube, por isso assumi. Tive propostas de Amazonas, Guarani, Ponte Preta e o próprio Vila, e não aceitei, mas o Coxa para mim é muito especial”.
Sobre o Natanael, que hoje além de marcar bem defensivamente, foi bem ofensivamente e até fez gol: “Ele já vem me agradando já há algum tempo. Ele está muito mais corajoso e muito mais disciplinado nos treinamentos. Tem treinado muito, mesmo após o treino normal, treinando finalização e cruzamentos e ele entende que precisa crescer ainda mais na parte ofensiva, e se continuar crescendo desse jeito tenho certeza que será o futuro lateral da seleção brasileira. Temos também o Johnny que é muito bom na parte ofensiva, apesar de que ainda não foi utilizado no time por mim, hoje até gostaria de ter colocado ele, mas tivemos um problema com o Sebá então deixei a última substituição para fazer. Feliz também pela volta do Bianchi que demonstrou o quanto é importante para nosso time”.
O Vila não perdia em casa há muito tempo, o que você acha disso e por que o Coritiba conseguiu essa vitória tão expressiva? “O pessoal da análise de desempenho trouxe informações para nós sobre eles e sabíamos que tinham dificuldade na transição defensiva e dessa maneira exploramos a pressão na linha alta, marcação em cima, em muitos momentos marcávamos num 4-3-3, com três homens de meio que sabem sair jogando e dificultamos muito a saída de bola deles. Conseguíamos sempre recuperar essa segunda bola, com Vini e Ronier que correm muito e fizemos o terceiro gol com Ronnier que fez muito bem o facão. Para concluir, desistir não é nossa opção, vamos acreditar sempre”.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)