Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
Como funciona a sistemática que define quem bate pênalti no Coritiba? Avaliação do jogo de hoje. “Quando vamos para o jogo temos o primeiro, segundo e terceiro batedor, mas eles têm liberdade e autonomia de conversar um com o outro, no caso de se sentir confiante para bater. Brumado e Frizzo bateram muito bem ontem. Errar acontece, Pelé, Zico e outros perderam também, então acho um pouco injusto a torcida ficar cobrando, o Brumado é um jogador muito importante para nós. Quanto ao jogo, fizemos um excelente primeiro tempo, não baixamos as linhas no segundo, mas eles construíram também. O gol deles foi indefensável, numa falta muito bem cobrada e isso tem um impacto psicológico, principalmente pelos jogadores estarem diante da torcida e sendo vaiados o tempo todo, então temos que ser resilientes, superar as lutas e dificuldades e isso que aconteceu”.
Como direcionar o trabalho agora depois de um tropeço dolorido em Belém, que tornou as coisas muito mais difíceis, pois não bastam apenas os resultados do Coritiba, depende de outros também. Hoje percebeu-se que colocou o time para frente para atacar. “Em primeiro lugar, nós somos privilegiados porque ganhamos dinheiro fazendo aquilo que amamos, que é jogar futebol e no meu caso treinar. Somos profissionais de caráter e honramos a camisa até o fim, quando falo que tenho um carinho especial pelo Coxa, é verdade, porque essa é terceira vez que estou aqui e vim com o objetivo do acesso. Quero que meus jogadores deem tudo dentro de campo. Hoje tiramos um volante e colocamos um atacante, ficamos com um tripé no meio com Vini, Josué e Frizzo, com Manga e Robson na frente, então fizemos tudo para ganhar e nesse momento os três pontos é que são importantes”.
Em relação ao ano que vem, já existem conversas com a diretoria para uma possível permanência? “Não existem conversas sobre isso, vamos esperar o desfecho deste ano, mas tenho certeza de que todos estão vendo o bom trabalho que estamos fazendo, poderia ser melhor? Poderia sim. Mas o mais importante hoje é tratar desta questão do acesso, sabemos que é muito difícil, mas não impossível”.
Sobre o Bruno Melo, que vem crescendo muito de produção, dando assistência e fazendo gol. “É um jogador muito versátil, começou como zagueiro foi para a lateral e fez gol como lateral, forte nas bolas aéreas e forte na bola parada ofensiva e defensiva, um jogador muito importante como outros também, como o Jamerson por exemplo, falei para ele no intervalo que precisa acreditar mais no seu potencial que é muito grande e por isso precisa ir mais no um contra um”.
Como cuidar da parte psicológica dos atletas para o jogo com o Mirassol, que pode ser um confronto direto pelo acesso? “A concentração precisa ser muito maior, é um adversário bem estruturado que está vencendo seus jogos lá. Para nós não serve o empate, temos que ganhar, então temos que marcar o tempo todo, conversando e vibrando o tempo todo. Precisamos fazer dois tempos como fizemos o primeiro aqui hoje”.
Como tem visto a reta final da série B em que o Coritiba não consegue se aproximar do G4? “Nosso primeiro turno foi muito ruim, mas conseguimos chegar aqui e implantar uma mentalidade vencedora, que busca o objetivo, em alguns momentos não conseguiu, principalmente nos jogos em casa contra Goiás e Novorizontino, nos jogos fora tomamos algumas viradas que não poderíamos ter tomado. Sabemos que a série B é muito difícil, quando cheguei aqui, meu primeiro jogo foi com o Botafogo (SP) onde fizemos um excelente primeiro tempo, mas no segundo tomamos os gols e perdemos o jogo. Temos que trabalhar em cima destas dificuldades e acreditar sempre”.
Pode fazer uma leitura das mudanças que fez no time desde sua chegada, com Bruno Melo na lateral, a chegada do Zé Gabriel, um sistema que tem uma transição rápida com Vini. Encontrou o time ideal? “Não é o time ideal, mas o momento. Com a chegada do Zé Gabriel ganhamos três jogos e estávamos com três volantes. Hoje precisávamos ganhar e não podia colocar os três volantes. Sei que o Vini é um jogador que conduz muito bem, o Sebá sendo um volante que sai para jogar. O Zé Gabriel é um jogador que tem minha confiança, quando Willian Tomaz falou comigo sobre ele eu disse que podia trazer pois nos ajudaria muito. É difícil deixar ele no banco nesse momento, no jogo de hoje precisávamos do resultado e era necessário a formação inicial”.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)