Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
Qual a importância desse resultado, a forma que foi construída a vitória lembra da campanha sólida defensiva e que chegava à vitória. Hoje ganhou após três jogos. “Os três jogos que não vencemos foram atuações bem parecidas como essa de hoje. Fizemos grandes jogos, porém o resultado não veio, tirando o jogo do Criciúma que foi um jogo atípico e que pode acontecer ao longo de 29 rodadas, mas estamos fazendo uma competição bem regular. Os jogadores deram a resposta para eles mesmos nessa vitória. Fico feliz com o resultado e o desempenho que tiveram hoje”.
Qual o sentimento sobre essa vitória aqui na Ressacada? “O sentimento é de que estamos no caminho, que você precisa ser regular, precisa ser sólido defensivamente e que precisamos ser um time na acepção da palavra, como estamos sendo a competição inteira. Estou feliz com a atuação da equipe, com o gol do Ronnier, com o gol do Bruno, exaltar o torcedor que veio aqui hoje, uma segunda-feira, 5 a 6 horas de viagem, cantaram o jogo inteiro e a presença deles será muito importante na sexta-feira, somos a primeira equipe que chega a 50 pontos na competição faltando nove rodadas. O torcedor precisa continuar sendo nosso 12º jogador como vem sendo”.
Agora são dois jogos seguidos no Couto, isso te conforta ou traz preocupação, em virtude de que os resultados em casa não estão sendo bons? “São dois jogos distintos. Hoje eu sabia que o Avaí pressionaria mais alto e iria se expor. As equipes que vem no Couto dificilmente pressionam alto e o jogo fica amarrado. O contexto dos jogos é totalmente diferente, eu penso exclusivamente no Botafogo que vai ser um jogo duro como todos são, temos que ver a questão do Ronnier que é um jogador muito importante para nós, mas vamos nos preparar para vários cenários que possivelmente vamos enfrentar”.
A reta final das séries B´s são muito disputadas, e você tem números bons na reta de chegada com o Mirassol. Como trabalhar isso para trazer para o Coritiba e conseguir o acesso? “É trabalhar, nós treinadores temos que nos provar todo dia porque o nível de tolerância com a gente, treinadores brasileiros, é bem pequena. Uso isso como combustível, para provar a mim mesmo a capacidade de me manter em alto nível todos os dias. Temos que ter trabalho, dedicação e pouca conversa fiada. Vai ter turbulência, mas saímos fortalecidos dela porque temos um time experiente, então o caminho é o trabalho, a dedicação, o olho no olho, da solidariedade, palavra que uso muito e eles foram solidários um com o outro hoje. Estamos blindados em relação a críticas, que às vezes aprendemos com elas, outras são muito exageradas, principalmente nas mídias sociais. Falo para meus filhos que vivam a realidade porque as mídias sociais são uma mentira. Sou nascido no Boqueirão e mudei de vida baseado no meu trabalho e não tem outro caminho. O que nos mantem com essa campanha sólida, sempre na parte de cima da tabela é o trabalho, a ética, a parceria, a dedicação, a cobrança e a unidade que temos no clube”.
Como está sendo a gestão do elenco, no caso do Coutinho, que não foi bem novamente e a possível ausência do Ronnier por contusão? “O Coutinho foi artilheiro do brasileiro de 2023, as pessoas não lembram disso, foi artilheiro de uma das equipes que subiu em 2023 e vai dar uma contribuição importante para nós, assim como o Delatorre, o Rodrigo quando se recuperar, o Yuri que vem de dois acessos seguidos, um título em 2023 e um vice-campeonato em 2024. Quanto ao Ronnier, é um dos jogadores mais talentosos formados aqui no Coritiba, espero que não tenha sido nada grave, é um menino que nunca teve lesão muscular e talvez nem tenha entendido bem o que teve, talvez uma câimbra, mas temos alguns dias para ver isso, é um jogador importantíssimo para nós e espero que não tenha sido nada grave”.
Sobre o Bruno Melo, que retornou à titularidade, qual a importância de ele pisar na área e fazer gol? “O Bruno aumenta a estatura do time, ele só não voltou antes ainda por causa da lesão, e o João vinha jogando muito bem, então eu quis dar uma sequência para o João, e aí optei pelo Bruno hoje, pelo fato de que o Avaí tem três jogadores de bastante imposição física nas bolas paradas, e eu quis aumentar a estatura do nosso time. Bruno fez um jogo bem sólido, ele consegue chegar, talvez não com o ímpeto do Zeca, mas é um lateral que chega na área e hoje foi premiado com o gol”.
Como foi o trabalho desde a última quinta-feira depois da derrota para o Criciúma, pois o Coritiba fez hoje um jogo muito seguro, tanto no primeiro como no segundo tempo? “Nos últimos quatro jogos, o único que fugiu um pouco da curva foi o do Criciúma em que tomamos gols de bola parada, então nossa preparação não mudou nada, mantivemos nossos padrões com muita convicção, não quero tirar meu mérito, mas quero exaltar os jogadores, pois eles que se entregam e nos representam em campo. Em termos de preparação não fizemos uma vírgula diferente do que vínhamos fazendo”.
Pode explicar melhor a questão da solidariedade no elenco? “Para mim é dos conceitos mais difíceis no futebol para treinar. Aqui conseguimos e fica muito latente nas transições ofensivas, principalmente numa transição de 70 a 80 metros para trás, aí você vê se seu time é solidário ou não. Então o Maicon e o Jacy, normalmente o lateral do lado oposto mais o volante, a nossa transição normalmente é com quatro jogadores, a responsabilidade deles é retardar um possível contra-ataque para justamente quem está à frente da linha da bola disparar para trás e aí você vê realmente que a nossa equipe é uma equipe bem solidária”.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)