Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
Qual o balanço que faz desse primeiro turno? E dos últimos três jogos, que, de nove pontos conseguiu apenas dois? “Em termos de pontuação é uma pontuação importante, porém, concordo que nos últimos três jogos não tivemos o desempenho condizente com os 35 pontos conquistados. Sabíamos que iam ser jogos duros, e temos certeza de que ficamos devendo. Mas o único caminho que conheço para que possamos ter resultados, e mais do que isso, desempenho, é treinando, corrigindo e passando confiança ao jogador. O que eu lamento desse jogo é o lance que podíamos ter feito dois a zero e tomamos o contra-ataque, em que nos equivocamos e ficamos fora de posição. Pode ter certeza de que todo dia nós nos cobramos internamente e vamos voltar a vencer.”
Quais os pontos positivos e pontos de atenção para que não sejam cometidos os mesmos erros no segundo turno e no final consiga o acesso? “O primeiro turno mostrou que é um campeonato equilibrado. Já está se desenhando mais ou menos a parte de cima e a parte de baixo, porém, quem estava embaixo se reforçou e se reinventou o que torna o campeonato muito mais equilibrado. Faço um balanço positivo da pontuação, 35 pontos, mas obviamente que estamos frustrados pelos últimos três resultados, até porque fomos uma equipe bem equilibrada e linear o turno inteiro praticamente”.
O que te incomodou na atuação de hoje, qual seria a estratégia para gerenciar o placar a favor e manter essa vantagem? “A estratégia era tentar o segundo gol, tanto que tomamos o gol num possível gol nosso e levamos o contra-ataque. O jogo se desenhou para nós atacarmos, mas infelizmente o episódio não foi favorável a nós. Enfrentamos uma equipe que se reinventou e nos trouxe algumas dificuldades. Eles tinham sempre três jogadores por dentro e é difícil controlar, fugimos um pouco da nossa característica com a bola, de ter mais o controle, de exigir mais do adversário fisicamente para nos marcar, então é um momento de reflexão, análise e ajustes. O que mais me incomodou foi justamente isso, com a bola poderíamos ter um pouco mais de paciência, em alguns momentos quisemos acelerar o jogo, aí sempre que você quer ser agudo, você gera menos desconforto ao adversário, menos desgaste físico e mental. Essas oscilações dentro de um campeonato longo como esse, infelizmente acontecem, óbvio que não gostaríamos de passar por isso, principalmente nos últimos três jogos, sendo dois em casa. Agora temos 19 jogos sendo 10 em casa, vamos corrigir e treinar para que voltemos a fazer as coisas que nos colocaram em segundo lugar com 35 pontos”.
O time terminou oscilando no primeiro turno e foi vaiado hoje no fim da partida, esse momento pode mostrar que existe a necessidade de reforçar o elenco? “Não temos a necessidade de trazer nenhum jogador, temos um elenco extremamente forte, para mim um dos três melhores elencos da série B e cabe a mim fazer esses jogadores voltarem a jogar bem”.
O Coritiba é um dos times que menos finaliza no campeonato, tem um aproveitamento excelente dentro de casa e fora um bom aproveitamento também, porém, não acha que falta mais agressividade do setor ofensivo? “Sim, fazendo um balanço das 19 rodadas, o Ronnier só fez um gol e vai voltar a fazer mais gols, o Claysson, o Delatorre, o Yuri e Coutinho vão voltar a fazer gols. O Yuri Castilho é um jogador que vai nos entregar cinco, seis ou sete gols, tenho certeza disso, eles vão voltar a fazer gols e cabe a mim coletivamente colocá-los em condições de finalizar melhor e tenho certeza de que esses jogadores vão ter um segundo turno de um nível que todos esperamos”.
Pode explicar o que queria com a substituição quando o Coritiba toma o gol, do Bruno Melo pelo Zeca? Por que não colocar o De Pena? “Coloquei o Zeca porque ele é da função e na minha opinião o time melhorou de maneira bem significativa, ele combinou duas ou três jogadas. Não acredito em improvisação, eu exponho o jogador, me exponho, não faz o menor sentido, nunca treinei o De Pena de lateral esquerdo, é uma exposição desnecessária para o atleta”.
Essa é terceira partida do Coritiba sem vencer, é hora de ligar o sinal de alerta ou está tranquilo? “O sinal de alerta está ligado 24 horas, ganhando, empatando ou perdendo. Treinador não pode se dar ao luxo de ficar tranquilo nem um segundo, mas não tenho vocação para drama, entendo que temos que treinar, trabalhar e corrigir. Uma coisa que me incomodou nos últimos três jogos é que tomamos gols, e de maneira que era possível evitar e isso se corrige treinando”.
Qual o balanço desses três últimos jogos em que enfrentou equipes da parte de baixo da tabela? “Conheço bem essa competição e sei que cada jogo tem uma história e suas dificuldades. Enfrentamos equipes que vem numa crescente, obvio que projetamos a maior pontuação possível nesses jogos, infelizmente não conseguimos, mas não posso chegar aqui e apagar tudo o que esses jogadores fizeram nessas 19 rodadas, temos 35 pontos, esses jogadores se entregaram muito para nós. O Coritiba tem um grande problema que às vezes, quando não se vence, ninguém mais presta. Eu vejo futebol completamente diferente, oscilações acontecem, esses jogadores vão fazer um segundo turno de nível altíssimo para buscar o grande objetivo. Quando se ganha não está tudo certo, assim como quando se perde ou empata não está tudo errado. Pode ter certeza de que vamos continuar esticando a corda e nos preparar da melhor forma possível para o Vila Nova, nosso próximo adversário”.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)