Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
Jorginho iniciou a coletiva fazendo um pronunciamento emocionado em relação a morte do jogador uruguaio Izquierdo, jogador do Nacional (URU) que passou mal no jogo contra o São Paulo na semana passada e acabou falecendo hoje. Depois disso, deu-se início às perguntas.
Chegou a três vitórias consecutivas, em que o time mais evoluiu para chegar a este patamar? “Em primeiro lugar, os atletas são os maiores responsáveis, comissão técnica, staff, diretoria, somos todos coadjuvantes. Hoje sofremos muito no primeiro tempo, coisa que não vi nos outros quatro jogos, com erros de passe, então estivemos muito abaixo nos 10 minutos iniciais. O Zé Gabriel se cobrou muito a respeito. No vestiário conversamos que precisávamos reagir no segundo tempo, aí fizemos o gol numa jogada de bola parada que vem sendo muito treinada por nós, e fizemos um segundo tempo muito bom, o time estava encaixado e tive até dificuldade em fazer substituições, o Frizzo estava muito bem, o Ronier também, o Robson, assim como o Vini que foi um monstro hoje, o Natanael ganhando todos os duelos”.
O jogo de hoje era um jogo em que quem fizesse um gol ganharia o jogo, devido às características das duas equipes. Em relação à dificuldade em substituir, na hora que saiu o gol você estava conversando com o Brumado. “Sim, o Brumado iria entrar, só não vou falar quem ia sair. Precisávamos de um homem de referência. Muitos acham que o Robson não é esse homem de referência, mas para mim ele é, ele sabe fazer essa função de um 9, é um jogador inteligente, mas fizemos o gol e depois substituímos no momento certo. Sabíamos que seria muito difícil fazer gol na equipe do Avaí, mas fizemos numa jogada treinada, assim como se eles fizessem um gol em nós seria muito difícil empatarmos, mas nossa equipe está muito consistente defensivamente e está muito difícil nós tomarmos gol”.
O time já está com a cara do Jorginho? “Jamais a gente consegue fazer um trabalho sozinho, os jogadores entenderam nossa forma de trabalhar. Algumas tomadas de decisão nós perguntamos aos jogadores, o próprio Maurício tem nos ajudado muito fora de campo, então o time tem a cara do Cadu, do Guila, dos preparadores físicos, do William psicólogo. O Kadu por exemplo, é o maior responsável pelas bolas paradas, então é uma construção em conjunto. Em relação ao Bruno, conversei com ele sobre jogar de lateral e ele me disse que não havia problema pois ele é um lateral esquerdo, a entrada do Thalisson, um jogador que tem um grande potencial, então foram algumas mexidas, mas são decisões tomadas em conjunto.”
Em relação à solidez defensiva do time, afinal foram três jogos sem tomar gols: “Isso passa pela formação de um quase losango, em alguns momentos conseguimos colocar cinco jogadores ali. Temos o Zé Gabriel centralizado dando liberdade ao Sebá e ao Vini, depois ao Morelli, são jogadores que passam a ser meias quando temos a bola”.
Sobre o crescimento do Natanael na lateral direita: “O Natanael no um contra um é quase imbatível, tenho conversado muito com meus laterais. O Natanael tem um sprint muito bom, quero vê-lo mais na parte ofensiva, mas é um jogador que tem muito a crescer, hoje errou apenas um cruzamento”.
Sobre o Bruno Melo de lateral esquerdo: “Na verdade, eu ouvi dizer que ele não gostava de jogar de lateral, aí eu perguntei para ele e ele disse que jogaria sem problemas. É um jogador de bola aérea muito forte. Jamerson e Gelado são jogadores que podem ser utilizados também, o Jamerson pode jogar até de zagueiro se precisar. Então eu falei com o Bruno, quando for cruzar não cruze essa bola baixa porque o zagueiro vai cortar e ele tem feito isso muito bem”.
Acha que encontrou a formação ideal, com Zé Gabriel de volante, sem um centroavante fixo e ainda terá a estreia de Josué. Acha que a confiança do torcedor voltou com esses últimos resultados? “O torcedor é inteligente e estava vendo o que vinha acontecendo, o time não conseguia vencer. Hoje fizemos uma parte do primeiro tempo muito ruim, mas em outros jogos fomos muito bem, até contra o Botafogo, quando fizemos um primeiro tempo muito bom, mas perdemos o jogo. O Robson é um 9 quando precisamos de um 9, mas é um jogador diferente, apesar de ter uma impulsão fantástica, ele não vai ficar brigando na área o tempo todo, então nós jogamos com um atacante de referência, mas de uma forma diferente, ele não é o Brumado, nem o Brandão e o Eberth, então nós encontramos a formação que facilita nosso trabalho”.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)