Pós-Jogo
Não bastava disputar uma Série B patética; o Coritiba precisava encerrar o campeonato com um espetáculo ainda mais vergonhoso.
A derrota para o Botafogo/SP por 3 a 1, dentro do Couto Pereira, escancarou o amadorismo, a incompetência e o descaso que tomaram conta do clube sob a gestão da Treecorp. O resultado colocou o clube no fundo do poço, com a pior campanha de sua história na era dos pontos corridos da Série B.
Chegamos ao cúmulo de depender de uma vitória na última rodada para evitar mais um recorde negativo. É esse o tamanho da ambição de quem prometeu profissionalismo e grandeza? Para uma equipe que iniciou a competição como uma das favoritas ao acesso, a humilhação é completa.
A apatia em campo refletiu a ausência de liderança e planejamento fora dele. Desde o início do jogo, ficou evidente por que esse time sequer ameaçou o G4 durante todo o campeonato. Uma defesa desorganizada e um ataque inofensivo explicam não só os dois gols sofridos no primeiro tempo, mas toda a trajetória pífia de 2024.
No segundo tempo, a tragédia seguiu seu roteiro. Sem ânimo, sem luta, sem vergonha na cara, o Coritiba viu o Botafogo — um time que brigou até a última rodada para não cair — fazer o terceiro gol. A torcida, cada vez mais ausente, foi tratada como mera testemunha de um vexame anunciado. O gol de Vini Paulista serviu apenas para maquiar o que já era inaceitável.
O que vimos não foi apenas uma derrota, mas um reflexo de uma gestão falida, que trouxe para o clube uma sucessão de recordes negativos, dívidas e desilusões. A Treecorp e todos os responsáveis precisam ser cobrados, porque o Coritiba não pode continuar refém de tamanha incompetência.
Alto da Glória? Hoje, não há nada mais distante disso.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)