Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
Como foi o desempenho em campo, na sua visão, uma vez que a equipe vinha de três vitórias consecutivas e qual o impacto desse resultado? “Foram dois tempos distintos, no primeiro tivemos grande dificuldade para direcionar nossa pressão, os meias vinham muito próximos dos nossos volantes e tivemos dificuldades para controlar o quadrado que eles fizeram no meio. Mesmo assim tivemos duas oportunidades boas com Clayson e Coutinho, eles também tiveram no pênalti perdido. No segundo tempo nós nos expusemos mais, tentamos igualar a saída deles, tivemos boas chances. No final ficou um jogo mais aberto, e acabou acontecendo uns contra-ataques que normalmente a gente controla. Enfim, perdemos a lucidez, até pelo cansaço, mas tivemos boas oportunidades com o Delatorrre, num lance que tenho dúvida se não foi pênalti, mas os jogadores correram até porque nossa sequência de jogos foi bem dura. Em termos de impacto é zero, claro que não foi o resultado ideal, agora temos a semana toda pela frente para descansar, recuperar os jogadores, inclusive os lesionados pois o Ronnier tem chance de voltar, o Rodrigo provavelmente não, hoje perdemos o Walisson, mas vamos nos preparar da melhor forma para o clássico”.
Qual os planos para os próximos jogos, visto que o Coritiba é um dos grandes candidatos ao acesso? “Óbvio que a derrota é dolorosa, sabíamos que seria um jogo duro e que fisicamente ia nos levar ao limite pois saímos de Curitiba com 10 graus e chegamos aqui com 30 graus, com apenas dois dias de descanso, mas isso não foi determinante para o resultado, até porque terminamos fisicamente até melhores do que eles. O que mais impactou foi termos tomado o gol com cinco minutos e depois ter que correr atrás do resultado sabendo que o contra-ataque deles é muito rápido, mas os jogadores tentaram o tempo todo, não desistiram do jogo, criamos chances importantes para empatar, tínhamos que atacar sempre com o adversário com nove jogadores defendendo e conseguimos criar situações. Tiramos lições negativas e positivas desse jogo, mais positivas do que negativas apesar da derrota”.
Como analisa o contexto da falta de eficiência na frente, apesar de criar situações, com a solidez defensiva do time, mas que cedeu mais do que o normal hoje? “Hoje cedemos mais mesmo. Acho que pode ser pela falta de lucidez, o cansaço que afeta a lucidez e até a parte técnica. No segundo tempo teve momentos em que soltamos o Zeca e o Alex simultaneamente, que normalmente não fazemos, mas o jogo exigiu isso, com o Nicolas como segundo centroavante, mesmo assim não concedemos muito, além do lance do Jacy que tirou a bola na linha do gol, mas criamos o tempo todo com um adversário com organização defensiva, eles estavam com nove jogadores na marcação e mesmo assim nós conseguimos entrar na defesa deles, infelizmente tivemos nossas chances, mas não fizemos. Eu estaria preocupado se não criássemos como criamos, óbvio que o ideal é criar e converter”.
Como vê o Atletiba na situação que se encontram os times no campeonato? “O clássico é um jogo ímpar, pela nossa colocação, pela reta final. Temos a semana inteira para trabalhar e recuperar jogadores fisicamente e mentalmente da maratona que tivemos. Temos que ser assertivos na substituição do Wallison, posso colocar o Machado, tenho a possibilidade de trazer o Sebá para colocar o Vini, posso colocar o Giovane, enfim, a semana de treinamentos é que vai determinar isso. Tenho a certeza de que nosso torcedor vai lotar o Couto para um jogo decisivo, agora só faltam seis jogos para o final, esse clássico será um dos mais importantes nos últimos anos e se jogarmos no nível que jogamos 90% do campeonato, poderemos vencer”.
Como está a situação do Ronnier para o clássico? “A princípio ele começa a treinar conosco na quarta-feira e estou confiante que poderemos utilizá-lo, não sei se para iniciar ou no decorrer do jogo, mas com certeza ele estará à disposição, pelo menos esse é o planejamento que foi traçado pelo DM”.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)