Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
Análise do jogo e o que esse jogo representou para você? “Primeiramente, a gente pensa num contexto de analisar alguns atletas que tiveram pouca minutagem durante o ano e com essa pouca minutagem, a gente lançou um time a campo com algumas alternativas que não vinham jogando, no meu entendimento de jogo e o entendimento da comissão. Fizemos um ótimo primeiro tempo, com posse de bola de 59% contra 41% deles, propomos o jogo. No segundo tempo tivemos três chances claras de fazer o 2 x 0 e acabamos tomando o gol de empate e aí eles baixaram as linhas e deram a bola para nós e num erro, numa abordagem defensiva e uma bola desviada, tomamos o segundo gol. A análise sobre os atletas que jogaram será interna, não gostei nada do resultado, sou um competidor, tivemos chances de ganhar, mas o resultado não veio”.
A montagem do time par o jogo de hoje foi decisão somente sua? E os jogadores jovens, por que não foram aproveitados? "Sobre a primeira pergunta, hoje em dia as decisões não são apenas do treinador, a modernidade está caminhando para uma equipe multidisciplinar, portanto discutimos com a equipe toda. Vai acabar o tempo em que o treinador manda sozinho, e eu sou um treinador de uma geração nova e isso nos faz trabalhar com várias mãos, o que leva a um êxito maior. Em relação aos meninos da base, vamos analisar internamente para promover durante a semana, mas antecipo que o Guilherme Aquino e o Joãozinho estão machucados, essa geração de 2004 é muito boa, já temos o Morisco, o Ronnier, o Henrique Melo que estreou, tem o Ruan Assis que estreou ano passado, então acho que uma equipe que coloca quatro a cinco no profissional é sinal de que o trabalho está sendo bem-feito. Existe uma lacuna dos atletas de 2005, que não foi trabalhada pela antiga gestão, pois trabalharam mais com os de 2004 que foram campeões da Copa do Brasil. Agora estamos apostando na geração de 2006 que se prepara para a Copa São Paulo, que será a próxima geração, então temos que ter paciência, mas estamos trabalhando internamente”.
O que esperar para o próximo jogo, teremos surpresas na escalação? “A gente vai analisar internamente e no decorrer da viagem de volta para Curitiba amanhã. O torcedor pode esperar uma equipe que vai competir e vai buscar os três pontos para quebrar essa sequência de três jogos que não estamos tendo êxito, e com certeza teremos novidades na escalação”.
Por que o Coritiba perdeu o gás nas últimas partidas, diferente de equipes como Operário e Goiás, que estavam na mesma faixa de pontuação e conseguiram ganhar seus jogos e estão na frente do Coritiba na pontuação? Aquele jogo com o Paysandu pode ter sido a causa disso? “Realmente naquele jogo do Paysandu, tínhamos a vitória na mão e deixamos escapar, não quero dizer que foi um divisor de águas, mas a diferença é que às vezes a bola sai, as oportunidades criadas não são concretizadas em gol, como aconteceu também naquele jogo em Belém, e aqui hoje onde poderíamos ter saído com a vitória e deixamos virar. Se não acontecesse aquela virada contra o Paysandu poderíamos estar brigando até hoje pelo acesso. Quero deixar claro para o torcedor que nós trabalhamos sério e forte e existe muita cobrança interna entre nós e os atletas. A derrota de hoje deixou um clima no vestiário que não era o que eles queriam”.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)