Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
Sobre a evolução do time dentro de campo e a interação com a torcida após o final do jogo. “Quero exaltar o que nosso torcedor fez, veio em bom número e nos apoiaram o tempo todo. Enfrentamos um adversário duro, sabíamos que eles iriam se defender muito bem e nos contra-atacar, mas fomos um time maduro e seguro. Queríamos ter criado mais chances, mas não é simples de entrar quando você enfrenta duas linhas que marcavam muito baixo e com as linhas muito próximas então você fica com pouca combinação interna e com mais jogadas de cruzamentos em alguns momentos, da intermediária e com o Tiago e o Maia, que tem boa estatura, que tiraram muitas bolas. Ressalto o controle que tivemos, sem conceder nenhum contra-ataque, que era uma preocupação minha. Tivemos onze escanteios e cedemos apenas dois, e sabíamos que a bola parada deles é forte, pela estatura dos jogadores. Enfim, estou feliz pela estreia, tivemos força mental e equilíbrio, não nos desorganizamos e isso foi importante”.
O que uma vitória como essa pode trazer de benefício para o trabalho daqui em diante no aspecto psicológico? “Essa sinergia do time com a torcida vai te dando confiança. O fator casa nesta série B é muito importante e determinante para conquistar as vitórias. O futebol vem se transformando durante os anos e se o torcedor espera que jogando com o Vila aqui iríamos ganhar de quatro ou cinco, isso é quase impossível. Venceu quem mereceu vencer porque nós buscamos o gol o tempo todo. Mais uma vez eu quero ressaltar o equilíbrio dos jogadores para atacar e não conceder contra-ataques. Ressalto também a coragem do Josué, de bater o pênalti naquelas condições e ressaltar as boas estreias do Walisson, do Zeca, Alex, o Carlos de Pena e do próprio Pedro”.
Outros adversários deverão se postar defensivamente como foi o Vila Nova hoje, a postura do Coritiba foi mais ou menos aquela que você vinha desenvolvendo no paranaense? “Cada jogo tem suas particularidades, vamos enfrentar sim equipes com esse tipo de postura do Vila aqui hoje, mas para este tipo de jogo os jogadores precisam estar comprometidos e serem resilientes. Para um jogo como esse você precisa de mais triangulações e mais chutes de média distância, mas não é uma tarefa simples. O que me deixou feliz foi a maturidade dos jogadores, de insistirem até o fim”.
Como foi a escolha do Guilherme Aquino, que acabou indo muito bem nessa partida? “Sim, ele foi um dos melhores em campo. Gostaria de tê-lo utilizado antes, mas quando cheguei ele estava na transição física, após uma lesão muscular. Minha escolha foi baseada nesses 20 dias de treinamentos, não foi tão difícil assim essa escolha, pelo desempenho que ele teve nesses dias de treinamentos”.
O quanto o Josué é importante para o elenco. Na entrevista no final do jogo falou que quer ser campeão e que quer subir. “Josué é o responsável pelas bolas paradas, e há que se ressaltar a importância dele na batida do pênalti, demonstrou coragem além de ter batido muito bem. Eu estou me adaptando às características do Josué, e com a capacidade física do Alex e o Ronnier, que é um meia de origem, mas se tornou um ponta, aí eu consigo trazê-lo um pouco mais para trás para que ele posa pegar o jogo de frente. Ele vem produzindo muito bem nos treinos e o mérito é dele de se adaptar ao novo sistema com exigências diferentes. Fez um jogo sólido e participativo e não se esconde do jogo e assim como os outros, ele é um jogador muito importante para o time”.
Sobre a nova defesa do Coritiba, a volta do Bruno Melo, o Aquino, os novos laterais, eles deixam o time mais com sua cara? “Desde a minha estreia com o São Joseense foram sete jogadores titulares diferentes, isso em três meses, essas trocas foram necessárias. Os jogadores que chegaram deixaram o elenco mais homogêneo, e estamos ainda com uma margem muito grande de crescimento. Esse tipo de vitória, no apagar das luzes te dá moral porque mostra a insistência durante todo o jogo, de um time que não desiste de vencer. Acredito muito na mobilização para um jogo de futebol, e o que fizemos nesses 20 dias foi isso, o clube se mobilizou, os funcionários, a diretoria, a própria torcida. Os jogos serão muito duros, o que vai fazer a diferença é o coletivo. O Josué foi protagonista por causa do gol, mas temos outros jogadores que serão nos próximos jogos, e agora a mobilização começa para o jogo em Chapecó”.
O que esperar do Coritiba nos próximos jogos, com os jogadores recém-chegados mais entrosados e acostumados com seu padrão de jogo? “O Zeca e o Alex já tinham sido meus atletas, e isso fez com que parecesse que estivessem no clube a mais tempo e fico feliz com o desempenho e o resultado. Talvez não tenha sido o que o torcedor esperava, um jogo com mais gols, ou com dez ou quinze chances de gol, mas acho esse tipo de jogo muito louco e não gosto. Jogo eficiente para mim foi o que fizemos, sem conceder chances ao adversário, um jogo de controle. Também tenho que exaltar os jogadores que entraram, foram cinco trocas e o jogo muda muito, o pênalti foi originado de uma jogada do Ruan e um chute do Geovani. Agora vamos nos preparar para o jogo com a Chapecoense, na grama sintética, onde o jogo muda muito. Garanto a vocês que no gramado natural é muito melhor de jogar, mas, a partir de segunda-feira vamos nos preparar para esse jogo”.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)