Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
Sobre o momento do Coritiba, sete jogos sem derrota, líder da série B no momento, melhor defesa da competição com apenas seis gols sofridos. “É um momento especial, um momento de crescimento e consolidação. Temos que exaltar o crescimento individual e coletivo, mas sobretudo o trabalho de muitas mãos. Uma vitória com gosto especial, por ser um clássico e que, momentaneamente nos coloca na liderança. Tenho que exaltar o nosso torcedor que fez uma festa bonita, nos empurraram e apoiaram, foi um dia histórico”.
Falando sobre o jogo, que no primeiro tempo o Athletico encaixou a marcação, embora o Coritiba tivesse mais posse de bola, a defesa se portando bem e no segundo tempo uma mudança gradativa que culminou com a vitória. “Foram dois tempos distintos, eles pressionavam com Alan Kardec, com Giuliano e Luiz Fernando, saltavam com os alas e acabaram nos encaixotando em alguns momentos. Quando a bola batia no pé do Bruno e do Zeca, tentávamos sair curto e com uma bola sem peso e acabamos concedendo contra-ataques, apesar de fecharmos bem na perda da bola. No segundo tempo melhoramos nesse sentido, fazendo um jogo um pouco mais direto, mas foi um jogo equilibrado, com poucas chances como normalmente são os clássicos. De novo quero exaltar o que os jogadores fizeram, óbvio que nós somos os facilitadores do processo, mas os jogadores se entregaram, tanto quem iniciou como quem entrou, e exaltar também o torcedor que veio num número importante e nos apoiou, foi uma festa, uma vitória importantíssima, mais uma fora de casa”.
Em relação ao sistema defensivo que está atuando com o Maycon e o Jacy, que parece que estão há muito tempo jogando juntos. “Eu entendo como sistema defensivo a equipe como um todo, aí quero ressaltar o trabalho do Delatorre, do Josué, depois com a entrada do Coutinho e do Carlos, mas especificamente o Josué, que teve uma mudança significativa em relação ao ano passado em termos de comprometimento defensivo, porque eu entendo que para o sistema defensivo funcionar precisa da pressão desses jogadores e facilita o trabalho de quem está no meio. Jacy e Maycon fizeram um jogo de manual e se entrosaram muito bem, mais um jogo sem sofrer gol. Fizemos o gol e tivemos outra chance com o Giovani então nosso crescimento é constante, mas tem margem para melhorar pois temos elenco para isso, aí falo da última janela com a vinda do Claysson, por exemplo, jogador de nível de série A, enfim, elevamos o nível da equipe, mas temos que ter os pés no chão porque a competição é longa”.
Sobre o Lucas Ronnier, acha que está faltando confiança para ele? “Lucas é formado aqui no Coritiba, está crescendo novamente, e é natural que um menino de 21 anos oscile. Ele tem sido determinante para nós no trabalho de parceria com o Zeca, ou com o Alex, é um jogador que acreditamos muito. O Coritiba é um time formador, ainda temos no elenco o João, o Morisco, o Aquino, o Felipe que hoje não foi convocado. Enfim, ele tem dado a sua contribuição e eu como treinador tenho que agregar alguma coisa para que o jogador cresça”.
Sobre os jogadores colombianos, especificamente o Sebá Gomez e o que pode representar esse gol na trajetória dele? “O futebol colombiano é muito parecido com o brasileiro, já joguei com alguns jogadores colombianos, eles têm muita técnica e característica física como a nossa. O Sebá é um jogador identificado com a torcida, fez um gol importantíssimo, e aí quero exaltar o trabalho do Guila, do Dennis e do Nascimento, pois o gol se originou de uma bola parada. O Sebá é um cara que infiltra da defesa adversária, combina do lado esquerdo, chuta em gol e defende como volante, é um jogador completo. Quero exaltar também o Wallisson, o Giovani, o Carlos, o Coutinho que entraram. Voltando ao Sebá, ele teve um desconforto na panturrilha no aquecimento, tomou uma injeção, fez massagem e foi para o jogo, enfim, esse é o espírito dele, um cara que arrasta os outros com o exemplo dele, por isso que é um dos capitães da equipe”.
O que fez a equipe mudar de comportamento nos últimos jogos, pois quando marcava um gol sofria muito lá atrás, agora se mantem constante os dois tempos? “Uma equipe vai se construindo e melhorando a cada dia, nós gostaríamos de ter sido campeões paranaenses, queríamos estar na Copa do Brasil, mas infelizmente o processo de crescimento é tortuoso e gradual. Estamos no final de junho e já temos uma identidade bem definida, e, em consequência, você consegue manter o nível de atuação que a equipe precisa. Hoje considero uma equipe competitiva, que briga por coisas grandes e que precisa ser homogênea durante os 100 minutos do jogo, porém, existe um adversário, que também treina e se prepara. Nos últimos jogos temos mantido um nível de atuação importante, fruto de trabalho, de tempo, de dedicação dos jogadores e toda a comissão técnica”.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)