Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
O que falar e explicar para a torcida sobre mais essa eliminação na Copa do Brasil? “A responsabilidade é toda minha. Não faltou luta e entrega dos jogadores até o final, tínhamos projetado chegar o mais longe possível na Copa do Brasil, é doloroso sair precocemente assim, mas acredito muito no meu trabalho e na capacidade dos jogadores e agora temos que corrigir os erros, temos que ter força mental para reagir, logicamente que estamos frustrados. Quando vim para cá sabia que não seria fácil, sabia do desafio, mas me sinto preparado, senão era mais cômodo ficar onde eu estava. Temos que encarar de frente, aceitar as cobranças que virão e trabalhar para reagir”.
Você havia falado, depois do jogo com o Maringá que o Coritiba não ia patinar nesses momentos decisivos, mas nesse jogo já aconteceu como no ano passado. “Minha confiança continua, ela é inabalável, desde que me tornei treinador, o futebol é assim, feito de episódios. Tivemos algumas chances importantes e não conseguimos converter em gol, o goleiro deles estava numa noite feliz também, era um jogo em que não podíamos conceder chances ao adversário, mas infelizmente nós concedemos. Temos que corrigir os erros que estamos cometendo porque estamos pagando caro. É uma derrota muito dolorosa, mas continuo dizendo que não vamos patinar, temos um ano inteiro pela frente, confio no meu trabalho e na capacidade dos meus jogadores e agora tem que trabalhar mais, simples assim”.
Muitas vezes falou do time ideal, mas está tendo dificuldade a cada jogo para montar o time, principalmente na zaga, isso tem te incomodado? “Estou há dois meses aqui e ainda não consegui repetir, por vários motivos, suspensões, lesões, então não conseguimos ainda encontrar o time ideal. Tem a questão do Maycon voltando, o Bruno também, mas nossa eliminação não foi por causa disso, infelizmente os episódios não foram favoráveis a nós. Os jogadores se entregaram, lutaram, tentaram, empataram, tivemos uma bola no final para ganhar o jogo, então esse tipo de derrota é uma derrota que tem que nos fortalecer, as críticas virão, é natural que aconteça. Temos um jogo importante no próximo dia 9 e temos que tentar trazer o torcedor para o nosso lado, está tudo aberto ainda, eu acredito muito, temos que reverter o resultado negativo e principalmente o desempenho que tivemos em Maringá. Ainda estamos cometendo erros que estão nos custando caro”.
Acredita na continuidade do seu trabalho? Como foi o vestiário hoje, após essa desclassificação? “O torcedor quer resultados para ontem, ele é passional, mas infelizmente o futebol não é assim, não é uma ciência exata. Em hipótese alguma imaginei interromper o trabalho. Claro que gostaríamos de ter vencido o jogo em Maringá e aqui também, mas nem tudo é do jeito que queremos, mas muito longe de querer desistir desse trabalho, tenho muita força mental e disposição para trabalhar. Conheço bem o torcedor Coxa-Branca, já sei o ambiente que vamos encontrar no dia 9, mas temos que transformar esse ambiente para o nosso lado. Tínhamos que ter passado aqui e não vou me eximir da minha responsabilidade”.
Por que a escolha do Felipe Machado para bater o primeiro pênalti, visto que durante o final do jogo ele demonstrava que não tinha condições de continuar em campo? “Nos treinamentos o índice de acerto do Machado é dos melhores. Ele estava com problemas de câimbras, mas nos 10 minutos em que o jogo ficou paralisado, antes das cobranças, ele conseguiu se recuperar”.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)