Entrevista Coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
Em virtude de que o atual treinador Antônio Carlos Zago ainda não havia sido registrado no BID da CBF, portanto não pode comandar o time à beira do gramado, a coletiva de pós jogo foi realizada com seu auxiliar Leonardo Galbes. Leonardo iniciou explicando o porquê da escolha da formação com três zagueiros: “A escolha por três zagueiros foi feita pela análise que tínhamos feito do Fortaleza, seria três contra dois. A ideia era para que tivéssemos o controle da construção ofensiva desde baixo para conseguir furar o 4-4-2 bem ajustado do Fortaleza”. O Auxiliar Técnico citou também que a parte defensiva é sempre um ponto de atenção, principalmente para que passe mais confiança aos jogadores e que possam ir mais leve para frente.
Em relação à preparação para este jogo, onde a equipe técnica teve apenas dois treinamentos, Galbes disse que é difícil implantar alguma coisa com pouco tempo para trabalhar. “É importante o tempo para trabalhar, e sempre que não tem esse tempo, esperamos dificuldades”, completou. Mas ressaltou que foi importante como foram recebidos pela equipe de auxiliares fixos do Coritiba, que passaram todas as informações, tanto Leomir como o Reginaldo, mas ainda assim é difícil, pois foram apenas dois treinos. E seguiu dizendo: “A semana foi boa, mas não terminou com o resultado que esperávamos”.
Leonardo Galbes falou da questão psicológica dos jogadores, como prepará-los para a decisão de quarta-feira, enfatizou que o vestiário estava triste, jogadores chateados e feridos, mas que devem olhar para frente, tudo isso passa se o time voltar classificado na quarta. “O que vem pela frente na quarta é grande e de suma importância para o clube”, completou ele.
Ainda sobre o jogo com o Sport, e em relação à correção das falhas defensivas que a equipe vem tendo, Leonardo disse: “A falta de tempo nos exige outras estratégias, vamos conversar muito, ouvir os jogadores, analisar, para chegar forte na quarta”.
Sobre o esquema utilizado no jogo de hoje, sem um centroavante de ofício, Galbes explicou: “Na verdade tínhamos dois homens de profundidade para quebrar a linha de quatro do Fortaleza, para poder atacar pelos lados, e para que pudéssemos ter jogador entre linhas e volume de jogo dentro da área deles. O que buscamos é comportamento, posicionamento e ter que entrar na área, seja com centroavante, com dois em cima, dois abertos, dois no meio, o que precisa é de comportamento”.
Perguntado se os gritos de vergonha da torcida hoje, após o jogo, podem atrapalhar o trabalho da nova comissão técnica, o Auxiliar Técnico respondeu que isso nunca vai atrapalhar, a torcida assim como todos, jogadores e comissão técnica estão chateados, mas que se deve ressaltar que essa carga vem desde janeiro, e seguiu: “Mas a torcida nunca vai atrapalhar, agora temos que nos conectar com ela. O Couto é uma arma, precisamos disso e devemos isso para eles”.
Leonardo foi indagado sobre os ajustes necessários em relação ao trabalho anterior, e respondeu que mudanças sempre vão existir, e que precisam mudar a situação que o time está vivendo. Também enfatizou que é importante pontuar que coisas boas também foram feitas e que vão procurar manter essas coisas boas. “Temos que ser cirúrgicos e contar com a experiência do nosso treinador, temos um comandante que viveu em altíssimo nível, tanto para parte boa como para a ruim e vamos contar com essa experiência e com tranquilidade para poder reverter”, concluiu ele.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)