Entrevista coletiva15/03/23, 08h33

Merecemos o resultado, isso não se discute!

Confira o que disse o técnico António Oliveira após a sofrida classificação do Coritiba.

Por: João Carlos Sihvenger

O treinador Coxa-Branca iniciou a coletiva fazendo uma breve avaliação do que foi o jogo de hoje em que o Coritiba empatou com o Criciúma e ganhou nas penalidades, passando para a 3ª fase da Copa do Brasil: “O jogo fica marcado pelo gol feito precocemente pelo adversário. Depois do último jogo em que fizemos um brilhante jogo, com 41 finalizações, 22 chances criadas, uma coisa que eu nunca tinha visto, fomos muito mais merecedores daquilo que fizemos. Hoje o que ficou marcado foi o gol logo no início. Foi um jogo com uma equipe difícil, que solicita muita transição, que nos obrigou a arriscar muito. Se não fosse o gol do adversário, estaríamos aqui falando de outro jogo porque havia muito espaço. Fomos sempre atrás da nossa matriz de jogo. Fomos superiores, com 65% posse de bola, 18 finalizações e merecemos o resultado, isso não se discute”.

Perguntado sobre a perspectiva de futuro do Coritiba e lembrando que no sábado passado ele disse que a equipe estava no caminho certo, António Oliveira respondeu: “Vamos ter um período sem jogos, vai haver reajustes no plantel, vamos ao encontro dos jogadores que se encaixam melhor dentro daquilo que nós propomos”. Continuou explicando que é treinador de projetos e que basta ver sua trajetória. “Não sou nenhum novato, reconheço muito e confio no meu trabalho, na diretoria que nos dá todas as condições de fazer um bom trabalho”.

Falando mais sobre sua trajetória, o treinador disse: “Quando cheguei aqui na primeira vez, num clube que estava em 19º lugar e acabamos em 9º e classificados para Sulamericana, e no ano seguinte chegamos a duas finais, saí porque eu quis”, em referência ao A. Paranaense. E continuou: “No Benfica também, fomos o melhor ataque e tivemos a melhor classificação, fui ao Cuiabá e o objetivo foi cumprido, e só não fiquei porque eu não quis, e isso não é arrogância, é realidade”.

Depois, referindo-se à sua chegada ao Coritiba: “Gosto de desafios, e o Coritiba foi o desafio que eu escolhi, porque é um clube que tem um potencial enorme, tem torcida, e o clube fez tudo para que eu estivesse aqui. Agora vamos ter esse mês para nos preparar, evidente que vai ter reajustes no plantel, e vamos em busca daquilo que sempre falei, a permanência na série A”.

Em relação ao elenco para a série A, o técnico insistiu em dizer que reajustes serão feitos no plantel.

Sobre este período em que a equipe ficará sem jogos oficiais, António disse: “Evidente que não podemos ficar um mês apenas treinando, temos que competir para aferir a competitividade da equipe. Provavelmente vamos andar por aí, fazer uma digressão (excursão ou viagem)”.

Indagado sobre os protestos da torcida, pedindo sua saída, o técnico Coxa citou: “Já protestou anteriormente com outro treinador, protestou contra o Morinigo. A torcida tem o seu direito, dentro do civismo, respeito essa forma de se manifestar. Faz parte em qualquer clube do mundo. Precisamos contextualizar e perceber a realidade. Temos que continuar a trabalhar, o objetivo só vai ser alcançado em novembro. Faz parte, quem escolheu esta profissão está sujeito a isso”.

Ainda sobre o jogo de hoje, o treinador exaltou os seus jogadores, dizendo que foram guerreiros e heroicos e que está muito orgulhoso deles.

Por último, se referindo aos jogadores Gabriel e Manga, e a importância de cada um para a equipe, António Oliveira enfatizou: “Eu disse aos jogadores que todos são importantes. No último jogo entrou o Moreno e o Fabrício, hoje foi o Régis e o Potker. Todos são importantes e temos que estar preparados para dar a resposta, foi isso que eles fizeram, foram determinantes e importantes. O Gabriel é um grande goleiro, como é o Luan e o Marcão. O Manga no último jogo foi uma nulidade, e hoje não estava fazendo um grande jogo, mas o Manga para nós é muito importante, é um grande jogador, precisa de confiança e já foi muito importante em muitos momentos no clube. Não podemos esquecer do passado. Na verdade, todos são importantes, um grupo com valores e princípios, e estamos construindo uma família”.

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