Entrevista coletiva
Por: João Carlos Sihvenger
Qual a expectativa para o jogo de amanhã com América e se poderá contar com Sebastian Gomez e Lucas Ronier:
Sebastian estará à disposição para o jogo de amanhã, mas vamos definir ainda se vai para o jogo pois existem questões de viagem, fuso horário etc. Quanto ao Lucas Ronier, esse assunto é com a diretoria, quero me preocupar hoje só com o jogo de amanhã.
Qual a expectativa para estreia no Couto Pereira, que deverá estar com bom público amanhã?
A expectativa é que o torcedor tenha esta sincronia com os jogadores, pois nosso objetivo é a busca do G4, sabemos que o campeonato é longo e temos que buscar uma regularidade para alcançar esse objetivo. Sabemos que algumas equipes despontam no começo e depois perdem rendimento, por isso a busca nossa pela regularidade. Quanto à recepção a mim, não sou marinheiro de primeira viagem, estou há muito tempo no futebol. Temos um grupo de jogadores com idade baixa, mas com muito potencial, parte do nosso projeto é o aproveitamento de jogadores jovens, fomentar a base para que tenham espaço no profissional. O Coritiba é um dos clubes no Brasil que recebem muito bem os atletas jovens.
Qual a intenção de vir para o Coritiba, foi pelo projeto?
Estava numa situação muito estável no Botafogo, nunca fui auxiliar, sempre fui treinador. Acredito muito nesse processo, e nas pessoas que aqui estão, especialmente o Paulo Autuori, que possui grande experiência no futebol e isso faz com que você acredite no projeto, meu objetivo sempre foi ser treinador, não ficar como auxiliar. Deixei minha família no Rio de Janeiro porque acredito no projeto, me vejo preparado para este desafio, ainda mais porque estou rodeado de grandes profissionais. O Coritiba hoje tem um norte, uma diretriz e está organizado internamente e vai se organizar mais.
Que aprendizado trouxe do Botafogo por ter trabalhado com Arthur Jorge?
Cada treinador tem sua peculiaridade, tem seus prós e contras. Tem muita gente no Brasil que faz coisas boas também, a figura do Paulo hoje pode me fazer crescer muito, aprendi muito com outros treinadores com quem trabalhei. Considero a minha passagem pelo Botafogo muito boa, preparamos o caminho para que outro treinador chegasse e desse a continuidade no trabalho.
O que o Coritiba pode fazer diferente para poder vencer fora de casa, e vencer os concorrentes diretos à vaga, pois até agora do G4 só venceu o Operário?
Uma das coisas principais que a gente vai buscar é equilíbrio dentro jogo, em todos os minutos e não fazer 15 minutos bons depois 30 minutos ruins. O plantel está ciente disso, já conversamos com eles, e para conseguir isso temos que jogar bem sem sofrer. Ainda não tivemos tempo suficiente de treinamentos, mas depois do jogo de amanhã teremos mais tempo para treinar e tentar aplicar melhor nossos conceitos. O jogo de amanhã é muito importante para nós e deve ser encarado com uma decisão.
Como extrair o máximo desse grupo de jogadores para chegar a regularidade e equilíbrio?
Primeiramente a questão mental deve ser trabalhada e vem sendo trabalhada, depois eu passar as ideias com convicção aos jogadores para que eles consigam assimilar. Nosso grande objetivo é extrair a individualidade de cada um para poder potencializar o coletivo. Alguns atletas oscilam, isso é normal, tenho conversado individualmente com os atletas, não todos ainda, não deu tempo, mas conheço todos os jogadores que estão aqui, alguns já trabalhei junto, outros enfrentei e outros monitorei para contratação no meu clube da época. Os jogadores vão ter que treinar para conquistar seu espaço, não quero jogador com vaidade pensando que é titular absoluto.
Gosta de trabalhar com elenco reduzido ou maior?
Estamos fazendo o diagnóstico do dos atletas do elenco. Trabalhar com 24 ou 25 jogadores é melhor para poder executar melhor os treinamentos e possibilita a entrada de mais jovens no elenco, um elenco com 30 jogadores impossibilita o trabalho com jovens.
Vai participar das contratações da próxima janela? Vai poder contar com Róbson e Manga?
Estamos fazendo uma estruturação com os atletas que estão aqui, depois pontualmente ver as necessidades. Já me foi repassado a questão dos atletas que estão fora e que devem retornar, tem jogadores importantes como o Róbson, por exemplo, que está voltando de lesão e vamos conversar com ele. Em relação ao Manga é outro contexto e está sendo tratado com a direção. Quanto à janela, queremos conversar antes da abertura, porque nos últimos dias vira uma loucura, mas temos que verificar bem as necessidades.
Sobre a questão do Arilson, ele está treinado em separado? Foi procurado pelo Criciúma?
Nenhum atleta está treinando em separado hoje, Arilson treina normalmente com grupo.
Sobre a questão do Andrey, que nem relacionado estava sendo:
Conheço o atleta há mais de seis anos, tem grande potencial. Já conversei com ele particularmente para entender o momento dele, como está mentalmente e se está apto a jogar, preciso entender o momento dele, é um ativo do clube e jogador com grande potencial. A partir da próxima semana vamos definir essa parte. Temos que entender também o lado humano do atleta, o que aconteceu, o que pensa em relação à sua carreira.
Está ansioso para a estreia no Couto?
A ansiedade é natural, mas não pode ultrapassar os limites. Esperamos um grande público, nossos jogadores estão acostumados, temos que fazer valer isso a nosso favor, os times que vem jogar aqui tem que sentir o peso da nossa torcida.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)