O Coritiba parou o Brasil
Por: Ricardo Honório
Há exatos 40 anos, o Brasil se curvava a um campeão improvável, valente, técnico e determinado. No dia 31 de julho de 1985, o Coritiba escrevia a página mais gloriosa de sua história: o título de campeão brasileiro. Um feito que resiste ao tempo, que pulsa no coração de cada coxa-branca, que ecoa em cada canto do Alto da Glória.
A conquista de 1985 não foi apenas um título. Foi um marco, uma virada, um símbolo do que é ser Coritiba: lutar contra tudo e contra todos, resistir, acreditar e triunfar. Aquele time, que muitos duvidaram, derrubou gigantes e calou o Maracanã em uma final histórica contra o Bangu, diante de mais de 90 mil torcedores. A consagração veio nos pênaltis, com a frieza de Rafael, a classe de Marco Aurélio, a precisão de Edson, a careta de Lela, a bomba de Vavá, a estrela de Índio, nosso artilheiro, e o golpe final com Gomes, nosso capitão.
Quatro décadas depois, a lembrança ainda emociona. Os heróis de 1985 tornaram-se eternos, e cada torcedor do Coritiba, mesmo os que não eram nascidos à época, carrega essa glória como parte de sua identidade. O título nacional é o escudo no peito de uma torcida que nunca abandonou seu clube, mesmo nos momentos mais difíceis.
Hoje, mais do que comemorar, é dia de refletir. Onde erramos para estarmos tão longe daquele patamar? Por que um clube com essa grandeza não transformou sua maior conquista em um alicerce duradouro? O passado é orgulho, mas também lição. E a lição que 1985 nos deixa é clara: quando há comprometimento, união e amor à camisa, tudo é possível.
Aos campeões de 85, nosso eterno obrigado. Vocês colocaram o Coritiba no topo do Brasil e nos ensinaram que sonhos não têm limite quando se acredita de verdade. Que esse espírito nos inspire a reconstruir o presente e a planejar um futuro à altura daquela glória.
Porque o Coritiba é gigante. Porque o Coritiba é campeão brasileiro.
E isso, ninguém apaga.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)