Análise de quem entende
E aí piazada coxa-branca, que ano hein? Vou confessar uma coisa, se não fosse o pão com banha da minha infância, a quirera com suã da minha velha avó e habitualmente o cálice de vinho lá da colônia em Colombo, meu coração não tinha aguentado (se bem que banha...ah, deixa pra lá).
O ano começou num clima de velório, o time fazendo a pior campanha da história na Série A, chega o El Patrón, o time mortinho da Silva dá um último suspiro; mas não adianta: Série B, de novo.
De avião, de ônibus, de carro, carroça, bicicleta, a pé...um por um vão-se indo embora as tiriças que, deus nos livre, nunca mais pisem no gramado do Couto Pereira. Vem o Paranaense. Até sapecamos um 5 a 0 no time da vila, porém, talvez tenha sido só essa a alegria no campeonato. Depois de muito tempo, mas muito tempo mesmo, o Coritiba não se classifica para as finais. O time teve a capacidade, não, foi pura incompetência, de ficar em 9º lugar, inadmissível, impossível, inexplicável e outros “ims” que vocês queiram acrescentar, todos negativos, é claro. Alguns vão olhar o “copo meio cheio” dizendo que assim o time teria tempo de se preparar para o que realmente interessava, subir para a primeira divisão. Isso aí é papo de piá de prédio Nutella que não sabe o que é ver um Coritiba vencedor. Como assim achar normal não se classificar entre os oito de um campeonato ridículo?
Nesse meio tempo ainda teve a Copa do Brasil, na qual fizemos mais do que vínhamos fazendo há muito tempo, passamos da primeira fase, chegamos à terceira e demos azar de pegar um Flamengo ainda em boa fase...até que não foi tão feio quanto imaginávamos que poderia ser, apesar de a gente não visto a cor da bola nos dois jogos.
E, enfim, chega o Brasileirão. Nem vou tomar muito tempo de vocês, vou resumir. O time veio perseguindo o Náutico até a 16ª rodada, na 17ª assume a ponta, dá mostras de que vai levar o caneco sem muita dificuldade, mas cansou, faltou fôlego, faltou o camisa 10. Com quatro rodadas para o final da Série B, o Botafogo assume a liderança e levanta o caneco. Terminamos em 3º, atrás, ainda, do Goiás. Graças aos céus, o campeonato estava no fim, senão poderia dar ruim.
Para finalizar, vocês devem estar se perguntando “E as notas? Vai ter?”. Sim, vai ter. Vamos a elas.
Campeonato Paranaense - 0 (nota Zero). Fiasqueira danada. Ridículo.
Copa do Brasil – 6,0 - Na média. Fizemos o que dava pra fazer.
Campeonato Brasileiro 2021 – 10,0 - O objetivo era subir. Subimos.
Torcida – 10,0 - Torcida se mede no campo, nisso somos campeões. Entupimos o Couto quando pudemos ir aos jogos.
Diretoria – 9,0 - O que prometeram cumpriram. Não tiram 10 para ficarem ligados que pode sempre melhorar. Ao Follador, nota 10, os caras seguiram a mentalidade do “Presidente Eterno”.
Comissão técnica – 8,0 – Apesar de inúmeras críticas, muitas vezes com razão, mostraram um grande trabalho com o elenco que tinham.
Jogadores – 7,0 - Embora tenham cumprido a meta principal que era o acesso, foram os mesmos do Paranaense e os mesmos que nos fizeram acreditar na cereja do bolo, o título. Alguns têm futebol de Série A, porém a maioria vai pegar o avião, o ônibus...etc.
Agora vocês já sabem, né? A gata ao lado, praia, sol, mar, biquíni pequeno, testosterona em alta, férias, Natal, Ano Novo. Que venha 2022, e que seja repleto de alegrias, de pessoas curtindo aquilo que de mais precioso temos: a vida. E a vida é melhor aproveitada quando estamos ao lado dos que amamos, vestimos a camisa coxa-branca, vamos pro estádio, zoamos o time lá de baixo e gritamos até ficar roucos. Que 2022 seja nota 10 para todos...ah, diretoria, falando em 10, que tal alguém para vestir essa camisa ano que vem e nos dar ainda mais alegrias?
Feliz 2022!
Dr. X
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)