ARTIGOS
"No final de setembro do fatídico ano passado ele disparou um chute da intermediária e fez um golaço contra o Vasco. Nos demais jogos, sempre o vi correndo e se empenhando muito. Eu olhava o Caio e pensava que se tivéssemos mais dois jogadores como ele estaríamos em melhores condições. Mas não tínhamos nem mais dois jogadores como ele, nem um técnico com o mínimo de inteligência, nem dirigentes de olhos abertos. E deu-se o desastre.
Neste ano já jogamos fora uma das oportunidades para recomeçar da forma correta. Que desperdício! Pencas de jogadores sem o mínimo de qualidade e, o que é muito pior, sem o mínimo de vontade.
Ótimo, nessa nova tentativa voltamos a poder contar com o Caio. Mas cadê os outros dois jogadores ao menos parecidos (em termos de técnica e de voluntariedade) com o Caio? Cadê o técnico com um mínimo de inteligência. Não posso perdoar a burrice cometida contra a ADAP, burrice essa decorrente de uma covardia sem tamanho, incompatível com as nossas pretensões e com a nossa história. E cadê os dirigentes de olhos abertos?
Tudo bem, confesso estar meio sem paciência, pois entendo que não poderíamos ter continuado a errar e já deveríamos, a esta altura do campeonato (que campeonato? A Copa do Brasil já era, na segunda fase, e o campeonato paranaense já era – a facilidade com a qual o Paraná goleou a ADAP – e nos goleou – retrata fielmente a mediocridade do nosso “time”) estar “na ponta dos cascos”, cheios de confiança.
Mas eu sou Coxa-Branca e confio na nossa camisa. Apesar de suicida, a estratégia “tentativa e erro (ou acerto)” tem 50% de chances de dar certo. E 50% é uma porcentagem considerável. Ano passado deu errado. Na Copa do Brasil deste ano deu errado. No Paranaense 2006 também deu errado. Mas quem sabe no Brasileirinho não dá certo?
Quem sabe não tenhamos contratado mais dois Caios, no meio dessa nova leva de jogadores desconhecidos? Quem sabe o Estevam não tenha aprendido a lição (buscar a vitória sem coragem é estar fadado à derrota!)? Quem sabe os dirigentes não tenham também acordado e tenham por isso contratado com mais critério? Quem sabe? O pior é que só teremos essas respostas durante o nosso maior desafio. Que temeridade!...
Caio, que a tua garra e a tua coragem contagiem os teus companheiros de time.
Coxa, eu te amo!".
Marcus Popini, do Rio de Janeiro. Marcus é Coxa-Branca de coração
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)