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”Dia 20 de agosto de 2005, exatamente às 19h, a categoria Juvenil do Coritiba sairia da Rua Mauá rumo à cidade de Macaé (RJ), para a disputa da Copa Macaé de Futebol Juvenil. Nesta competição, o Coritiba contava com jogadores como Dirceu, Jean, Tiago Real e uma das ultimas revelações do Coxa, Keirrisson. Na comissão Técnica, o Preparador Físico Cevanei, Preparador de Goleiros Vanderlei, o técnico (e um dos ídolos da nação alviverde) Pachequinho além do Chefe da Delegação, Carlos Pacheco.
Até Macaé foram 16 horas de viagem, isso graças ao engarrafamento na cidade de São Paulo, devido o conserto de uma ponte, onde perdemos quatro horas. Mas nada que tirasse a ansiedade de todos em chegar, pois para a maioria, seria a primeira vez que estaria indo ao Rio de Janeiro.
Ao chegarmos no hotel, no qual estava hospedada também a delegação do Grêmio, o nosso primeiro adversário logo no dia seguinte, dividimos os atletas e Comissão Técnica em seus devidos quartos e depois fomos até a praia de Macaé, fazer um leve trabalho físico com os atletas, dirigidos pelo Cevanei.
No dia seguinte fomos enfrentar a equipe gaúcha, pela primeira rodada da fase classificatória. Um jogo muito disputado, de muita pegada e de gols perdidos, inclusive um pênalti desperdiçado pela equipe do Grêmio, defendido pelo goleiro Juninho. O placar final foi de 1x1.
No dia seguinte, dia 23 de julho, o Coritiba enfrentaria o adversário mais fácil de sua chave, o Mixto. O jogo foi vencido pelo Coritiba por 8x1 e com um jogador a menos, devido a expulsão do zagueiro Luiz Mário, por ofensas ao árbitro.
No dia 24, fizemos o terceiro e último jogo de nossa chave, contra o Bangu. O jogo começou bastante disputado e a equipe carioca chegava com mais facilidade ao gol do Coxa, mas não demorou muito e o Coritiba equilibrou o jogo, abriu o placar e o ampliou por duas vezes, vencendo por 3x0 e carimbando sua classificação para a próxima fase, tendo pela frente o Atlético/PR.
Dois dias depois, em 26 de julho, um clássico paranaense no Rio de Janeiro. De um lado, o gosto de revanche para os rubro-negros, pois já tinham sido eliminados pelo Coritiba no Campeonato Paranaense Juvenil/2005. Do outro, o Coxa, que queria e muito, mandar o maior rival mais cedo pra casa.
Não demora muito e o Coritiba abre o placar com o capitão Dirceu, em uma belíssima cobrança de falta no ângulo esquerdo do goleiro atleticano. O Atlético por sua vez, iniciou uma pressão total, parando no goleiro Juninho, que se encontrava numa tarde inspirada.
Veio o segundo tempo. O Atlético não parava a pressão, na maioria das vezes, com o atleta Jerônimo. E foi dele o gol de empate do Atlético, arrancando pela esquerda e batendo cruzado no gol do Coritiba. 1x1.
Mas o Coritiba tinha Fagner. O atacante que entraria na etapa final, faria o segundo gol do Coritiba, colocando mais uma vez o time do Alto da Glória em vantagem no placar, 2x1. O Atlético, por sua vez, voltava a fazer pressão, mas nada de gol desta vez, pelo contrário: por muito pouco não tomou o terceiro, quando Teixeira tentou encobrir o goleiro atleticano, mas não obteve sucesso.
Quando o árbitro encerra a partida, os atletas começaram a se estranhar no gramado, sobrando um soco para o zagueiro e capitão do Coritiba, Dirceu. A Comissão Técnica e o Chefe da Delegação do Coxa entraram no gramado, juntamente com a Delegação atleticana para separar “os brigões e perdedores” rubro-negros, que voltaram para casa mais cedo.
Durante a competição, muitos falavam que o favoritismo para ganhar o título eram as equipes do Grêmio e do Coritiba, pois eram as equipes mais regulares na competição e também as que apresentavam um melhor futebol, não somente pelos placares, mas também pelos belos lances a parte de ambas as equipes.
O Coritiba então entraria no gramado no dia seguinte após o clássico, desta vez, para enfrentar o Internacional, válido pelas quartas de finais da competição, enquanto o Grêmio enfrentaria o Figueirense.
No estádio em que enfrentamos o Grêmio, pela primeira rodada, encaramos o Inter. Com atletas de boa estatura, principalmente na zaga, o time gaúcho utilizava muito das bolas aéreas, porém era o Coritiba que criava as melhores oportunidades. Mas foi deles o primeiro gol, ainda na primeira etapa, fazendo 1x0.
Sem desespero, pelo contrário, com muita calma, o Coritiba logo empatou na segunda etapa com Fagner, que mais uma vez entraria na segunda etapa, deixando tudo igual, 1x1.
Por dupla advertência, o time gaúcho perderia o seu primeiro atleta, ficando com um a menos em campo. Aproveitando-se disso, o Coritiba iniciaria uma pressão. Até que veio um lance bastante engraçado. Um zagueiro do Internacional fez falta dura em Fagner (que estava infernizando a zaga colorada) e teve que sair de campo, e o técnico adversário falou para o árbitro da partida:
“ - Não dá mais pra ele professor, tira ele e coloca um de vermelho no campo”. Ou seja, tiraria um do Coritiba e colocaria um colorado...
Não demoraria muito e o Internacional perderia mais um atleta, mais um zagueiro. Porém, a melhor chance de gol na segunda etapa foi deles, quando o atacante Diogo avançou pela direita e chutou rente ao poste alviverde.
Com o placar igual para os dois lados, fomos para os pênaltis, vencidos pelos gaúchos por 5x3. Já o Grêmio estava vencendo por 2x0 do Figueirense, cedeu o empate (2x2) e também foi eliminado nos pênaltis. Aliás, a decisão ficou entre o Internacional e Figueirense, ficando o título com a equipe colorada.
Voltamos para Curitiba, chegando aqui numa sexta-feira. Sem dúvida, esta eliminação será inesquecível (pelo menos para mim, Carlos Pacheco – chefe da Delegação do Coritiba nesta oportunidade), porque, além de conhecer um lugar belíssimo, os atletas se demonstraram bastante confiantes, muito mais unidos do que eu esperava, sem ocorrência de qualquer tipo de problemas, pelo contrário, muito respeito com todos.
No hotel, ainda nos divertíamos com partidas de truco e com a piscina, onde após o término da primeira fase, os atletas pegaram o Preparador de Goleiros Vanderlei e a mim, Carlos Pacheco, e nos arremessaram na piscina, juntamente com o médico, Dr. Francisco” .
Carlos Pacheco já trabalhou nas Categorias de Base do Coritiba. Daniel é Coxa-Branca de coração.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)