Jogos Inesquecíveis
O Coritiba enfrenta o A. Paranaense nesta quinta-feira, às 17:40, na Arena da Baixada. Apesar do jogo não ter o mesmo brilho de outras épocas, principalmente em função da pandemia da COVID-19, que não permite que os torcedores possam ir aos estádios de futebol, o clássico Atletiba ainda mais mexe com o torcedor dos dois times e traz muita expectativa antes da bola rolar.
A prova de que o jogo ainda tem grande importância é o fato do A. Paranaense deixar de lado o projeto de jogar apenas com os aspirantes para colocar em campo jogadores que fazem parte do elenco principal. Sinal de que o Coritiba continua sendo temido pelos lados da Baixada.
Mas enquanto a bola não rola, o COXAnautas traz uma boa lembrança do clássico ao torcedor Coxa.
O dia em que Tuta calou a Baixada
O ano era 2004. Coritiba e A.Paranaense decidiam o título paranaense. Na primeira partida, disputada no Couto Pereira, o Coritiba tinha levado a melhor. Venceu por 2x1, gols de Aristizabal e Luiz Mário. Um empate no jogo da Baixada dava o título ao Coritiba. E foi isso que aconteceu.
A final aconteceu em 18/04. A Arena da Baixada estava lotada, com a torcida Coxa-Branca ocupando todos os espaços que lhe foram concedidos. Como era de se esperar, o clássico começou nervoso, com Rogério Correa e Luiz Mário se estranhando logo na primeira dividida de bola.
O Atlético levava mais perigo, mas foi o Coritiba que abriu o placar aos 17 do primeiro tempo com um belo gol de Jucemar. O lateral-direito alviverde mandou um belo chute de fora da área sem chances para o goleiro Diego.
A vantagem alviverde durou pouco. Aos 24, após cobrança de escanteio, Rogerio Correa empatou a partida. E três minutos depois veio a virada deles, após uma cobrança de falta de Jadson.
O jogo estava eletrizante e o Coritiba empatou ainda na primeira etapa. Aos 35, o lateral-esquerdo Adriano fez grande jogada pela esquerda e cruzou para Tuta, que com categoria completou para fazer o segundo gol do Coritiba.
Mas o rival voltou a ficar novamente ainda no primeiro, tempo com um gol de Igor, após nova cobrança de falta de Jadson.
Precisando empatar a partida para levar o título, o Coritiba partiu com tudo no segundo tempo. Aos 15, o Coritiba teve um pênalti não marcado a seu favor, quando o atacante Luiz Mário foi derrubado e o juiz Marcos Tadeu Mafra fez vistas grossas e não marcou o pênalti, prejudicando o time alviverde. A não marcação da penalidade máxima foi um dos quatro erros capitais do juiz na partida. Mafra, aliás, era declaradamente torcedor do time atleticano.
Mas aos 33, aconteceu o gol que eternizou o atacante Tuta no Alto da Glória. Após cobrança de escanteio de Ricardinho, o centroavante cabeceou sem chances para o goleiro atleticano e saiu comemorando muito e pedindo silêncio para a torcida adversária. Tuta tinha sido atacante do rival e passou a partida inteira sendo muito hostilizado pelos atleticanos.
Com o placar empatado, o Coritiba segurou a vantagem até o final, conquistando o seu 32º título paranaense, para delírio do torcedor alviverde, que transformou a Arena no salão de festas alviverde.
O time do Coritiba que jogou aquela partida foi: Fernando, Jucemar, Reginaldo Nascimento, Miranda e Adriano; Márcio Egídio (Ricardinho), Ataliba, Capixaba e Luis Mário (Rodrigo Batatinha); Aristizábal e Tuta (Pepo)
Técnico: Antonio Lopes
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)