Máquina do Tempo
Por: Luiz Eduardo Buquera
Pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro de 1998, o Coritiba enfrentou o Goiás no Couto Pereira, sob uma certa preocupação da torcida que já colocava pressão no time, que ainda não havia vencido em casa.
A equipe que representou um alto investimento no início do ano, e gerou grande expectativa, começou mal, com eliminação na primeira fase da Copa do Brasil e derrota no primeiro clássico atleTIBA do ano. Com a chegada do técnico Valdir Espinosa e de mais alguns reforços, o Coxa começou a jogar um futebol melhor e a dificultar a vida do arquirrival, vencendo-o por duas vezes e emparelhando na disputa pelo título. Infelizmente, nas finais, após um empate no Couto, o rival conquistou o título no Pinheirão.
A perda do título para o A. Paranaense havia abatido a todos. O palco e o adversário da estreia seriam os mesmos que não traziam boas lembranças à torcida e ao elenco Coxa-Branca. Nesta partida, o Coritiba saiu perdendo por 2x0. Quando parecia que tudo iria piorar ainda mais, com muita valentia os atletas alviverdes foram buscar o empate, com dois gols marcados após os 40 minutos do segundo tempo. De certa forma, o desfecho desse confronto parece ter contribuído para restaurar a confiança do grupo de jogadores.
Na sequência do campeonato, o Coritiba jogava bem na maioria das partidas, mas não conseguia vencer. Até então predominaram os empates, num total de cinco, além de uma vitória e uma derrota.
A única vitória foi conquistada fora de casa contra o Bragantino. Contra o Esmeraldino do Centro-Oeste brasileiro, seria a quinta partida em casa, e ninguém admitia outro resultado além da vitória.
O Coritiba entrou decidido em campo e dominou a maior parte das ações contra o bom time do Goiás, que contava com nomes como Alex Dias, Josué, Fernandão e Araújo. Embora não tenha feito uma grande partida, foi o suficiente para vencer com justiça.
O grande nome do jogo foi Rubens Júnior, que deu assistência para o gol do artilheiro Sinval e que fechou o placar com um golaço, semelhante ao primeiro gol marcado por Alef Manga na partida de ida das semifinais do estadual de 2022.
O resultado positivo tirou um peso de cima de todos, tanto que as duas partidas seguintes foram vitórias fora de casa. Estava iniciando-se uma das melhores campanhas do Coritiba em Campeonatos Brasileiros. A partir do jogo com o Goiás, o Glorioso conquistou nove vitórias, quatro empates e apenas duas derrotas. Campanha que o colocou na terceira colocação da fase classificatória, que o qualificou para estar entre os oito que decidiram o campeonato no formato de mata-mata.
Ficha Técnica:
Coritiba 2x0 Goiás - 29 de agosto de 1998.
Estádio Major Antônio Couto Pereira
Coritiba: Régis, Márcio Goiano, Gelson Baresi, Flávio e Rubens Júnior; Luís Carlos, Reginaldo Nascimento (João Santos), Struway e Yan (Tico); Macedo e Sinval. Técnico: Valdir Espinosa.
Goiás: Ricardo Pinto, Marquinhos Caruaru (Luís Paulo), Richard, Fábio e Ronildo; Josué (Leonardo Cornélio), Túlio Guerreiro, Reidner e Alex Dias (Araújo); Aloísio Chulapa e Fernandão. Técnico: Gilson Nunes.
Gols: Sinval (CFC) 21/1 e Rúbens Júnior (CFC) 9/2.
Público pagante: 7.286 pessoas
Árbitro: Luciano Augusto Teotônio de Almeida.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)