MEMÓRIA
Dirceu Kruger completa nesse dia 25 de fevereiro de 2004 a histórica marca de 38 anos vividos no Coritiba Foot Ball Club.
Atleta de histórico impecável, tornou-se um dos maiores jogadores do Clube em todos os tempos. Depois de sua aposentadoria nos gramados, foi assistente técnico, coordenador técnico e técnico das categorias de base e do time principal.
Atualmente continua servindo ao Coritiba, agora na condição de revelador de talentos, pois Kruger é um dos responsáveis pelo futebol amador do Cori.
Parabéns Kruger, e muito obrigado por ser Coxa-Branca de Coração!
Saiba um pouco sobre a vida de Kruger contada pelo jornalista Vinícius Coelho.
“A bola lançada na área coritibana, setor esquerdo do ataque do Britânia. Aquele menino ainda, loirinho, que tratava a bola com imenso carinho e uma intimidade digna dos grandes craques, usava com propriedade sua perna esquerda. Foi pegar o lançamento. Na sua captura partiu um zagueirão coritibano, Nico, o rei das antecipações e tormento para os atacantes adversários. Os dois chegaram juntos, só que o loiro atacante tocou primeiro na bola. E aplicou uma verônica inesquecível em Nico. Aplicou a primeira e deu a segunda. Nico na sua ânsai de impedir seu sucesso, desequilibrou0se e estatelou-se no chão. Na arquibancada, o presidente coritibano, Lincoln Hey não perdoou:
- Segunda feira tenho que arrumar dinheiro de qualquer maneira e contratar esse alemão.
Segunda-feira Kruger começava a ser contratado pelo Coritiba. E comoeçava ali uma carreira de amor e dedicação, de identidade ente um atleta e seu clube. Começava ali um desfilar grandioso de jogadas sensacionais, de efeitos sublimes, de gols maravilhosos e de duplas empolgantes: Kruger jogou com Walter, com Abatia, com Paquito, com Servílio, com Kosilek, com Zé Roberto, com Hélio Pires. Sempre com a sua humildade característica, mas sempre também com seu repertório inigualável de jogadas geniais. O toque sutil, o lançamento, o arremate, o passe e a coragem. Coragem que lhe valeu a ira dos adversários menos leais. Uma perna no campo do Britânia, uma clavícula no campo do Londrina e o acidente quase fatal no seu campo, ali no Alto da Glória, quando teve as alças intestinais rompidas num choque com o goleiro do então Água Verde e quando poucos acreditavam que sobrevivesse. Sobreviveu e voltou a jogar, Mara marcar em 72 o gol da vitória na decisão diante do Atlético, num retorno quem em 70 ninguém acreditava. Foi um craque. Legenda maior da simbiose entre o refinamento da técnica com a coragem do artilheiro.”.
(Trecho do livro “AtleTiba a paixão das multidões”, pág. 53 e 54).
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)